A Brado realizou, pela primeira vez no Brasil, o transporte de algodão de fazendas de Mato Grosso até o Porto de Itaguaí (RJ) por ferrovia, com destino à exportação. A operação, realizada em julho de 2024, contou com a participação de parceiros como a MRS, Maersk, Sepetiba Tecon e Cargill, que forneceu a carga para a operação teste. O algodão foi exportado para Bangladesh.
A nova rota foi planejada para diversificar os trajetos, portos e modais de transporte, com foco em sustentabilidade, segurança e eficiência. A operação ferroviária evitou a emissão de 177 toneladas de CO2 por viagem, equivalente à emissão anual de 38 veículos. O transporte envolveu 40 vagões carregando 40 contêineres com pouco mais de mil toneladas de algodão.
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O processo começou em Mato Grosso, onde o algodão foi transportado por caminhão até o terminal da Brado em Rondonópolis. A carga foi transferida para contêineres e embarcada em trens da Brado, que percorreram 1.392 km até Sumaré (SP), um hub de integração logística. De lá, os contêineres foram transferidos para o trem da MRS, que percorreu mais 568 km até o terminal do Sepetiba Tecon, no Porto de Itaguaí. A carga foi então embarcada em navios da Maersk para exportação.
O terminal do Sepetiba Tecon conta com infraestrutura ferroviária e serviços de estufagem de contêineres, armazém alfandegado e operação de navios, com rotas para diversos destinos internacionais. Na última safra de algodão, a Brado transportou 19% de toda a pluma no Brasil e 29% da produção de Mato Grosso. A nova solução logística multimodal foi desenvolvida com o apoio da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa). No futuro, a rota poderá ser utilizada para transportar outras cargas de exportação e também para trazer cargas importadas até Sumaré ou Rondonópolis, além de bens de consumo para Mato Grosso.