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Canteiro de obras

Porto do Itaqui prevê aumento de cerca de 13,5 milhões de toneladas movimentadas em 2011 para até 142 milhões de toneladas em 2030

O porto do Itaqui, no Maranhão, deve saltar de cerca de 13,5 milhões de toneladas movimentadas  no ano passado para até 142 milhões de toneladas em 2030. Para isso, estão sendo previstos investimentos, alguns deles em curso. De acordo com o presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), Luiz Carlos Fossatti, no porto se tem atualmente um “canteiro de obras”. A Emap já iniciou a construção do berço 100, assinou termo de compromisso com a Secretaria de Portos (SEP) para a implantação do berço 108 e já estuda a introdução dos berços 99 e 98.

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Com recursos da ordem de R$ 167 milhões, o berço 100 já está sendo construído. Com 320 metros de comprimento e 25 metros de largura, o novo atracadouro será voltado à movimentação de contêineres e cargas gerais. Segundo Fossatti, o berço 100 será no futuro exclusivamente para o Tegram. “Essa obra está sendo feita com recursos federais e vamos terminá-la em março ou abril”, estima.

O terminal de grãos já tem os vencedores que vão arrendar e construir os quatro primeiros lotes. As empresas ofertaram juntas o montante de R$ 143,1 milhões. De acordo com a Emap, a NovaAgri Infra-Estrutura de Armazenagem e Escoamento Agrícola ofereceu R$ 62 milhões; a Glencore Serviços e Comércio de Produtos Agrícolas, R$ 35,4 milhões; a CGG Trading, R$ 25,5 milhões; e o Consórcio Crescimento, integrado pelas empresas Louis Dreyfus Commodities Brasil S.A. e Amaggi Exportação e Importação Ltda., a quantia de R$ 20,2 milhões. De acordo com a Emap, cada uma das empresas terá direito a arrendamento de um dos lotes por 25 anos, renováveis por igual período. Em cada lote, cuja área total é de 40.327 metros quadrados, serão construídos silos com capacidade estática para armazenar 125 mil toneladas de soja.

Segundo Fossatti, a capacidade inicial do terminal será de cinco milhões de toneladas de soja e posteriormente poderá chegar a 10 milhões. A Emap estima que cerca de 11,5% da produção do país poderá passar pelo porto do Itaqui quando o Tegram estiver funcionando com sua capacidade plena. A primeira fase do projeto envolve a construção dos armazéns e sistemas de recepção e expedição. O início das obras está previsto para o primeiro semestre e a operação para o final de 2013.

A administradora do porto do Itaqui também já assinou com a SEP um termo de compromisso para implantar o berço 108, que será, segundo Fossati, destinado exclusivamente a granéis líquidos, e vai movimentar de três a quatro milhões de toneladas por ano. “Com isso, vamos aumentar nossa capacidade operacional de granéis líquidos no porto para até 40%”, diz ele. O projeto, que não está incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), é estimado em cerca de R$ 70 milhões. “São 14 meses entre a licitação e a conclusão da obra. Isso deverá ficar pronto até o segundo semestre de 2013”, conta Fossatti. O berço terá 108 metros de comprimento.

Para os próximos anos, a Emap estuda a implantação dos berços 99 e 98. Fossatti destaca que já foi realizado um estudo de viabilidade socioeconômica com uma empresa japonesa para a construção de ambos os berços. “Eles já fizeram o estudo onde eles têm um plano de financiarem 85% e os outros 15% seriam investidos pelo governo ou pela própria Emap. A ideia deles é participar do investimento e futuramente do arrendamento”, explica. A estimativa é que os berços, de 320 metros, estejam prontos em 2016 para atender à demanda.

Atualmente, o porto do Itaqui possui seis atracadouros em operação, que são utilizados principalmente para granéis sólidos e líquidos. Um deles é arrendado à Vale, que o utiliza para movimentar cargas de minério e soja. Fossatti espera que a movimentação de cargas do porto chegue a 72 milhões de toneladas em 2020 e 142 milhões em 2030. Com a operação do Tegram, ressalta o presidente, o perfil do porto, que comumente tem uma maior movimentação de derivados de petróleo, deve mudar. “Hoje 54% da nossa movimentação é granel líquido, como óleo diesel e gasolina. Futuramente, deve ficar cerca de 50% para cada”, prevê o executivo, destacando também que o porto conta com um portfólio de 90 projetos com oportunidades de inovação nos próximos 20 anos.



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