A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) divulgou, nesta segunda-feira (22), dados da edição 2025 da Pesquisa de Capacidade Instalada das Indústrias de Óleos Vegetais, que mostra que a capacidade total de processamento de oleaginosas no Brasil chegou este ano a 76,4 milhões de toneladas. O resultado representa aumento de 5,7% em relação a 2024, quando o volume foi de 72,3 milhões de toneladas.
Daniel Furlan Amaral, diretor de Economia e Assuntos Regulatórios da Abiove, disse que esse resultado confirma o dinamismo da indústria e a importância estratégica do setor para a economia brasileira. “Estamos falando de uma expansão que acompanha o crescimento da produção agrícola e reforça a posição do Brasil como líder global em óleos vegetais”, afirma
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Ainda segundo o levantamento, o número de empresas de processamento subiu de 67 em 2024 para 75 em 2025, com crescimento de 11,9%, e o de unidades industriais, de 132 para 144. Já o de plantas ativas passou de 113 para 127, com mais 12,4%, enquanto o de unidades paradas recuou de 19 para 17. No caso da capacidade diária total de processamento, a alta foi de 5,7%, chegando a 231.566 toneladas. E em plantas ativas cresceu 7,3%, alcançando 219.842 toneladas por dia. No caso das plantas paradas, houve recuo de 17,9%, caindo para 11.724 toneladas diárias.
O Centro-Oeste continua na liderança, com 44,4% da capacidade nacional de processamento. Na região, houve aumento de 92.790 toneladas por dia em 2023 para 95.964 em 2024, chegando a 102.705 toneladas diárias neste ano. Mato Grosso lidera entre os estados, com 53.767 toneladas por dia, respondendo por 23% da capacidade de processamento do país. “O crescimento no Centro-Oeste reflete a proximidade das indústrias com a produção agrícola e o investimento contínuo em infraestrutura”, explicou Amaral.
A Pesquisa da Abiove revela ainda que o número de empresas de refino cresceu para 38, aumento de 15,2%, e o de unidades industriais de 57 para 63, com crescimento de 10,5%. O total de plantas ativas passou para 57, salto de 21,3%, enquanto as paradas caíram para seis. A capacidade de refino em plantas ativas subiu 16,7%, chegando a 24.396 toneladas por dia, enquanto a total alcançou 25.769 toneladas, alta de 10,4%. No caso do envase, o avanço de capacidade registrado foi de 8,3%, atingindo 14.814 toneladas a cada dia, o em plantas ativas foi de 8,5%, alcançando 13.864 toneladas, e o em plantas paradas foi de 5,6%, chegando a 950 toneladas diárias.
Segundo o estudo, os investimentos projetados para os próximos 12 meses somam R$ 5,9 bilhões, com expectativa de aumento de 18.850 toneladas por dia na capacidade instalada. Pela média dos aportes, a ampliação de 15.049 toneladas em plantas ativas em 2025 representa investimento próximo de R$ 4,5 bilhões.
Amaral disse que o volume de investimentos sinaliza confiança no setor e vai garantir ganhos de competitividade para toda a cadeia. “Com quase R$ 6 bilhões previstos, a indústria reforça sua capacidade de atender à crescente demanda global por farelo e óleo de soja, além de impulsionar empregos e desenvolvimento regional”, afirmou.