Explorado pela Vopak Brasil S/A desde1986, o Terminal para Graneis Líquidos e Produtos Químicos da Ilha Barnabé, na Margem Esquerda do Porto de Santos, poderá ter um novo operador: a Cattalini Terminais Marítimos, empresa do Paraná. A firma apresentou ontem a melhor proposta de preço, de R$ 80,7 milhões, para o arrendamento da instalação, que fica em uma área de quase 39 mil metros quadrados.
Em segundo lugar ficou a Ultra Cargo, com R$ 78 milhões. Em terceiro, a VPK Participações e Serviços Portuários Ltda (firma coligada da Vopak), com R$ 39,8 milhões, e em último, a Deicmar, com R$ 4,8 milhões.
Apesar da maior oferta, a Cattalini ainda não pode ser considerada a vencedora da licitação. A decisão final dependerá da análise da composição de preços e contas e da avaliação de documentos entregues à Codesp. A abertura dos envelopes com os valores integrou a primeira fase da licitação, já que dessa vez a concorrência foi invertida.
A próxima etapa será a abertura do documento com o projeto básico de implantação da firma. Por último, se o material estiver em conformidade com o edital, terá início a inspeção dos atestados de habilitação.
Créditos: irandy Ribas
Com 39 mil metros quadrados, terminal fica em uma das extremidades da Ilha Barnabé
Mas, antes mesmo que seja dada continuidade no processo, a VPK já pediu para analisar as ofertas entregues ontem. A solicitação foi feita logo após a abertura dos envelopes. Diante do pleito, a Docas concedeu o prazo até as 18 horas de hoje para que a empresa verifique o material. Manifestações sobre as propostas devem ser feitas até amanhã junto à comissão de licitação da Docas.
Depois disso, caberá a estatal avaliar a eventual manifestação apresentada pela VPK e então publicar a decisão no Diário Oficial da União (DOU). De acordo com a Codesp, não é possível prever quando o primeiro resultado será divulgado.
Segunda licitação
Esta é a segunda vez, em menos de dois anos, que a Docas realiza uma concorrência para arrendar a área. A primeira, que teve o edital publicado em 2010, foi anulada em meados do ano passado. O cancelamento foi determinado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que encontrou irregularidades no edital.
Na ocasião, a Cattalini não chegou a participar da disputa. Concorreram apenas o consórcio formado pela Vopak Brasil e a VPK Participações e Serviços Portuários, a Deicmar e a Terminais Ultra.
A Vopak, então, ofereceu a maior oferta, de R$ 52,7 milhões, e chegou a ser considerada vencedora da licitação. Mas, não recebeu a concessão da área. A empresa continuou à frente do terminal apenas provisoriamente, para que não fosse interrompida a operação da instalação e prejudicada a movimentação de cargas do complexo e de seus clientes.
Fonte: A Tribuna/Lyne Santos
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