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Na comparação do primeiro semestre deste ano, com igual período do ano passado, o crescimento da importação brasileira de diesel foi de 26%, sendo que o Ceará, em termos percentuais, anotou o maior índice de crescimento (17,7%) do consumo do produto. Esse aumento foi influenciado pelo uso do combustível nas usinas térmicas, instaladas no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, para geração de energia elétrica.

Mas o consumo da gasolina no Estado também cresceu. De acordo com boletim elaborado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o crescimento maior, nos primeiros seis meses do ano, ocorreu no Nordeste com destaque para o Ceará. Entre os estados da Região, foi o campeão em consumo, em termos percentuais, crescendo 9,8%. No Brasil, o aumento foi de 3,8%.

Segundo o consultor na área de petróleo e energia, Bruno Iughetti, o maior consumo de gasolina no Nordeste é resultante do desenvolvimento da região, aumento da frota de carros flex (bicombustível) e preços desfavoráveis do etanol. No caso do querosene de aviação (QAV), o estudo da ANP mostra queda de 3,5% em todas as regiões brasileiras, exceto no Centro-Oeste por conta dos aviões agrícolas.

Logística
Iuguetti destaca que apesar das térmicas do Pecém terem utilizado mais diesel para operarem emergencialmente, em do baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas, não houve prejuízo na logística para os demais segmentos que utilizam o combustível. “Todos operaram de maneira satisfatória sem risco de desabastecimento”, comenta, acrescentando que todo o diesel chegou ao Estado por via marítima através do Porto de Fortaleza (Mucuripe).

O consultor observa que o Brasil reduziria o impacto financeiro com a importação de diesel se construísse as refinarias Premium. A Premium I está prevista para o Maranhão e a II para o Ceará. “Só com as duas unidades de refino e com o pré-sal a plena carga poderemos alcançar a autosuficiência em combustíveis, especialmente de diesel”.

Fonte: O Povo (CE)/Artumira Dutra

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