No curto prazo, a prospecção é de rotas do Porto do Pecém para China e Costa Oeste dos Estados Unidos. No longo prazo, é uma linha para a Europa. É o que diz ao O POVO, Danilo Serpa, presidente da Companhia de Integração Portuária do Ceará (Cearáportos), que está participando do evento Intermodal South America 2016, em São Paulo, para fomentar investimentos ao Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp).
Como o Porto terá mais três novos berços de atracação prontos - números 7 e 8, em maio, e 9, em outubro - aumentará a capacidade de receber embarcações de grande porte (navios entre 12 e 14 mil contêineres). Danilo diz que, com a abertura do Canal do Panamá, em meados de junho - um atraso de dois anos - uma nova rota para a China será aberta.
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“Já venho nessa agenda, com a entrada dos berços e a ampliação do Canal do Panamá para atrair navios que vão encurtar viagens de outros destinos. A ideia é atrair navios maiores para tornar o Pecém um hubport (porto concentrador) para o Nordeste. Que ele seja um portão de entrada para os navios maiores e transfira contêineres para navios menores que farão cabotagem (navegação entre portos de um mesmo país)”.
No evento, encerrado ontem, a Cearáportos manteve estande, em que mostrava as potencialidades do Porto do Pecém. “Aqui estão as maiores empresas do mundo que operam no Brasil. A grande maioria já é cliente nosso, já operam no Pecém. Estamos dando sequência às negociações que a gente vem tratando desde o ano passado”, diz, sem especificar nomes.
Danilo diz que as empresas estão passando por momento de crise e eliminando rotas. “Inclusive, algumas estão juntando cargas com concorrentes e revendo suas rotas. Mas, assim que o Canal do Panamá for aberto, nós confirmaremos linhas para o Pecém”, diz. (Beatriz Cavalcante)
Fonte: O Povo (CE)
