A saturação e os altos custos das locações de centros de distribuição no Sudeste têm mudado o rumo das empresas que investem em condomínios logísticos para melhorar os ganhos em eficiência
Um levantamento realizado pela consultoria de soluções imobiliárias, Colliers International Brasil, apontou que em 2013, o Centro-Oeste foi a única região que apresentou aumento no preço das locações, em média R$ 17,00 m²/mês. Mesmo com os recentes reajustes, o valor dos espaços compartilhados no eixo Rio de Janeiro - São Paulo, que podem chegar até R$ 30,00 m²/mês, aliados à falta de investimentos em infraestrutura de transporte nestes estados, posicionam Goiás e Mato Grosso do Sul no topo do mercado de condomínios logísticos. .
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A 20ª edição da Intermodal South America, 2º maior evento do mundo para os setores de logística, transporte de cargas e comércio exterior conta com vários opções no mercado de condomínios logísticos que têm atraído operações, principalmente, os setores de higiene, limpeza e cosméticos, automotivo, alimentos, comércio varejista e eletroeletrônico e computação, público que compõe a maioria do quadro de embarcadores de carga presente na feira que em 2013 recebeu 48.500 visitantes qualificados, sendo que somente os setores de farmacêutica/médica/saúde, automotivo e alimentos/bebidas representaram 37% deste total.
Para o diretor da operadora logística Delfin Group, Marcelo Fayt, “as aplicações de novas alternativas de locomoção de cargas, como a ferrovia Norte-Sul, colocam em evidência essa região. Além disso, a representatividade do PIB, 9,6% em 2013, só reafirmam o crescimento em relação aos demais locais do país”. Fayt, que será um dos palestrantes do programa “Condomínios Logísticos e Plataformas Logísticas”, é enfático ao defender a construção de novos condomínios logísticos de alto padrão e afirma que o Brasil tem capacidade para expandir ainda mais.
As operações de transportes, nos modais rodoviário, ferroviário, aéreo e marítimo, efetuadas pelo Delfin Group representam 15% do faturamento da empresa, que aposta na alternativa como um facilitador em termos de logística. O diretor cita que o interesse em acompanhar o desenvolvimento dos condomínios surgiu também pela oportunidade de negociar com um grande volume de empresas concentradas em um mesmo lugar.
A Global Logistic Properties, um dos principais construtores e gestores de condomínios logísticos do Brasil, também aposta no potencial do setor e possui 95% da taxa de ocupação dos galpões que administra. Segundo a diretora de desenvolvimento e novos negócios da GLP, Clarisse Etcheverry, o mercado está em ascensão e demanda soluções mais abrangentes de serviços e equipamentos para as empresas que adotam os condomínios logísticos em suas dinâmicas de produção e distribuição. “Nosso foco é manter ofertas, em especial, de galpões padrão tipo A e sofisticar os serviços oferecidos nos parques logísticos.
(A Redação)