Além de desenvolver o setor pesqueiro e aquícola, o terminal seria a porta de entrada para outros investimentos para o Estado, que conta com uma boa estrutura logística no que se refere a portos e aeroportos, segundo informou o secretário de Fomento do MPA, José Claudenor Vermohlen. “Recife está num ponto estratégico porque fica mais próximo da Europa e, com isso, é mais barato exportar o pescado do que do Rio de Janeiro, por exemplo. O foco de crescimento seria na piscicultura marinha, com o cultivo de beijupirá, encabeçado pela Aqualíder - pioneira neste sentido - e pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), que está desenvolvendo um trabalho com os pescadores locais. Sem o terminal não temos como convencer investidores a instalar empreendimentos no Estado”
O Terminal Pesqueiro do Recife terá capacidade para receber entre 25 mil e 32 mil toneladas de pescado por dia. “Pernambuco tem uma costa de 187 quilômetros de extensão e 45 quilômetros de largura e a Aqualíder ocupa apenas 1,3 quilômetro, com seus quatro tanques redes. Quando instalarmos os 48 tanques, precisaremos do terminal para receber dez toneladas de peixe e 20 toneladas de ração por dia”, declarou o diretor da Aqualíder, Manoel Tavares.
O empresário acrescentou que o “Estado pode se tornar o maior produtor da piscicultura marinha do País, mas este potencial não vai se alargar se não tiver atuação do Porto do Recife, que está mudando sua vocação de incentivar a atividade pesqueira, cedendo espaço para o setor imobiliário”, reclamou. Segundo Tavares, o Estado ainda não acordou para a importância da pesca. “Não entendo como é que a União, através do MPA, tem desenvolvido tantas ações para o setor e o Estado não se move”.
Fonte: Folha de Pernambuco
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