A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), empresa que gere o porto de Santos, o maior da América Latina, lançou ontem uma licitação visando ampliar a capacidade de um de seus cais, o de Outeirinhos. Os trabalhos no local deverão gerar cerca de 600 empregos diretos, e o empreendimento todo custará R$ 325 milhões. -
A obra é parte do programa de investimentos para a Copa do Mundo, o PAC Copa, com o objetivo de atender à maior demanda de navios de passageiros para o evento esportivo. A ampliação também vai aumentar a capacidade de cargas do complexo portuário paulista. A obra vai ampliar o cais da região de Outeirinhos, o qual após a conclusão da mesma poderá atracar até seis navios de passageiros. Segundo dados da Codesp, na última temporada Santos captou um total de 1,1 milhão de passageiros, o que correspondeu a um crescimento de 30% sobre 2010. A receita total gerada foi de cerca de R$ 230 milhões.
Prevista para ser concluída em um prazo de 26 meses, a primeira fase dos trabalhos em Outeirinhos está prevista para ser entregue em junho de 2013 e a segunda, em fevereiro de 2014. A licitação, na modalidade de concorrência pública pelo menor preço, será aberta a empresas, sociedades ou consórcios com capital de no mínimo R$ 30 milhões.
Cargas
A Codesp divulgou também que espera fechar 2012 movimentando 98,8 milhões de toneladas de mercadorias pelo Porto de Santos, superando em 1,9% o volume previsto para este ano. O montante de mercadorias esperadas para o ano que vem é menor que a projeção traçada há um ano para 2011. À época, esperava-se que 100 milhões de toneladas passassem neste ano pelo cais santista. Após 10 meses, a nova previsão para fechamento do ano é mais modesta, de 96,9 milhões de toneladas. Ainda assim, se confirmada, esta corresponderá a um aumento de 1% frente ao resultado de 2010 (96 milhões de toneladas).
Os pequenos índices de crescimento previstos para o Porto, tanto para este como para o próximo ano, se devem à crise econômica que se abate sobre o planeta e prejudicam o poder de compra dos principais parceiros comerciais do Brasil, segundo a estatal. No decorrer de 2011, a Docas corrigiu suas projeções para este ano à medida que algumas cargas tiveram movimentações menos expressivas que as esperadas. O açúcar, por exemplo, recuou 15% na comparação com 2010, no período entre janeiro e outubro. Por outro lado, o crescimento de outros artigos, como o milho (8,7%) e o óleo diesel (29,2%) sustentou, até aqui, o crescimento na movimentação em 2011.
Fonte: DCI
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