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Como fica Suape em 2030

Complexo Industrial Portuário vai centralizar atividades econômicas em diversas áreas
Um complexo portuário com influência além dos limites geográficos formais, responsável pelo escoamento de carga não apenas do Nordeste, mas de outras regiões do país. A revisão do Plano Diretor de Suape, apresentada ontem a empresários e representantes da sociedade civil, na quarta e última audiência pública sobre o tema, prevê a transformação da região industrial e portuária num polo de integração de projetos e propagação do desenvolvimento econômico nos próximos 20 anos.
A previsão até 2030 é que Suape centralize várias atividades econômicas, em áreas tão diversas quanto produtos agrícolas a granel, alimentos e bebidas; minério de ferro, aço e maquinário, contêineres, logística e distribuição; petróleo bruto e refinaria; químicos e fertilizantes; gás e energia; materiais de construção; e do segmento marítimo, naval e offshore. Se, na sua criação, o planejamento previa a instalação de um estaleiro, o Plano Diretor para 2030 prevê um cluster naval - que atualmente já conta com dois estaleiros e aguarda a confirmação de novos projetos.
Para consolidar o cenário projetado, entretanto, Suape deverá adotar o modelo de economia mista, com atração de novas fontes de receita e parcerias empresariais no Brasil e no exterior. Além de atrair novos projetos, a execução do plano depende da realização de investimentos na área de transporte rodoviário e ferroviário, com duplicação de rodovias estaduais e federais e a implementação e consolidação da ferrovia Transnordestina - sem a qual a projeção de fluxo de novas cargas não se viabilizará.
"A gente tem que se esforçar para fazer Suape viável para o futuro. Ao contrário de outras regiões, em que a cidade acabou impedindo o crescimento do porto, o planejamento de Suape está sendo pensado com distritos satélites, que se comunicam através de rodovias e ferrovias, deixando corredores abertos para irradiar o desenvolvimento a partir do porto", explicou João Recena, da Projetec - uma das empresas responsáveis pela formulação do plano diretor.
Na visão de Recena, as distâncias são reduzidas, na medida em que existe planejamento logístico. Daí, a importância de investimento no transporte de cargas e pessoas através de meios integrados (rodovias, ferrovias e por meio de VLTs - veículos leves sobre trilhos). "Algumas coisas Suape está recebendo, como a duplicação da BR-101 e a implementação da Transnordestina; outras, demandarão articulação", apontou.
Em relação aos impactos ambientais decorrentes do crescimento, o plano prevê a ampliação da Zona de Proteção Ecológica, de 48% para 59%. Ao mesmo tempo, reduz a Zona Industrial Portuária de 20% para 14% e aumenta a Zona Industrial de 21% para 22%. Na avaliação de Sidnei Aires, vice-presidente de Suape, a legislação tem sido respeitada e a viabilidade de Suape acontece porque as áreas de preservação ambiental e para utilização comercial da região foram pensadas desde a concepção do complexo.
"Estamos executando exatamente o planejado e seguindo o Estudo de Impacto Ambiental. Da área total, 45% são de preservação ambiental permanente e assim continuarão. Se temos atraído projetos diversos é exatamente porque o planejamento feito prevendo estas questões. Algo que não aconteceu em outros portos, que hoje sofrem para atrair determinados projetos", diz Aires. A partir da audiência pública, o projeto ficará disponível para receber sugestões durante dez dias. Depois será finalizado e encaminhado ao governador Eduardo Campos, para a elaboração de um projeto de lei que será enviado à Assembleia Legislativa.

Fonte: Diário Pernambuco

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