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Companhias tiram novos projetos das pranchetas

De olho no crescimento da movimentação de carga e na diversificação dos bens transportados, as concessionárias privadas de ferrovias estão investindo em novos projetos que deverão aumentar a eficiência da malha atual. Um dos principais projetos é tocado pela Vale, maior produtora de minério de ferro do mundo, que procura manter a liderança com foco no crescimento orgânico das reservas e ampliação de sua rede ferroviária, para escoar a produção. Nesse contexto, ganha destaque a mina de Carajás, com 7,2 bilhões de toneladas métricas de reservas provadas e prováveis.

A Vale trabalha com a meta de aumentar sua capacidade de produção de cerca de 300 milhões de toneladas métricas anuais de minério de ferro para cerca de 500 milhões em 2015. Boa parte virá de Carajás. Para atender à expansão, a mineradora investirá cerca de US$ 2,9 bilhões para ampliar a capacidade do terminal portuário de Ponta da Madeira (MA) e a estrada de ferro de Carajás: 605 km de trilhos da linha férrea serão duplicados e a linha ferroviária será ampliada em 100 km.

A ALL está investindo R$ 750 milhões no projeto de expansão de sua malha norte, com a construção de 260 km de trilhos entre o terminal do Alto Araguaia e a cidade de Rondonópolis (MT). "Com esse investimento, iremos ficar 250 km mais perto dos clientes, e também teremos custos mais competitivos", afirma o diretor-superintendente, Eduardo Pelleissone.

Até o fim do ano, a concessionária deve iniciar as operações do trecho entre Alta Araguaia e Itiquira. "A região de Itiquira não tem logística ferroviária, ou se escoa pela BR-163 ou se vai até o Norte do Paraná. Nesse ponto, poderemos ter de 1 milhão a 1,5 milhão de toneladas de milho e soja", afirma o executivo. O novo polo logístico conectará essa região produtora de Mato Grosso à ferrovia que leva as cargas para exportação até o porto de Santos.

A MRS, que fechou o primeiro semestre com recorde histórico de produção, transportando 72,5 milhões de toneladas, crescimento de 5,5% ante o mesmo período do ano passado, vai investir R$ 1,56 bilhão neste ano, entre outros projetos, com a aquisição de locomotivas, vagões, automatização da operação ferroviária, duplicação de trechos da via e pátios. Carro-chefe da companhia, o segmento de insumos para a indústria siderúrgica - minério, coque e carvão - representou 74,7% do volume transportado de janeiro a junho. Recentemente, a MRS fechou contrato com a Maxion e a Randon para a compra de 218 vagões, que serão utilizados no transporte de produtos siderúrgicos.

Para o próximo ano, a MRS prevê o início da operação das novas locomotivas produzidas pela Stadler Rail para o sistema cremalheira, localizado na Serra do Mar, entre São Paulo e Santos. A primeira locomotiva está em fase de montagem, e a previsão é de as duas unidades entrarem em operação no segundo semestre de 2012. As novas locomotivas apoiarão o crescimento da produção estimado para o trecho, passando de 500 toneladas para 750 toneladas brutas por viagem. A capacidade das operações na Serra do Mar, que dão acesso ao Porto de Santos, chega a 16 milhões de toneladas por ano.

"Com a primeira fase da modernização, a capacidade passará, nos próximos sete anos, a 24 milhões de toneladas anuais. Além disso, a expectativa é de ganhos em eficiência e confiabilidade em relação à manutenção e troca de peças das locomotivas", informa a assessoria de imprensa da MRS. O investimento nessa etapa do projeto é estimado em R$ 130 milhões.
Fonte: Valor Econômico/Roberto Rockmann | Para o Valor, de São Paulo






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