A CS Portos, controlada pela CS Infra, do Grupo Simpar, assumiu a operação efetiva da concessão dos terminais ATU12 e ATU18 do Porto de Aratu, na Bahia, em junho de 2022. De lá para cá, investiu cerca de R$ 60 milhões em obras de melhorias e modernização. A empresa finalizou a primeira etapa do trabalho de reforma no fim de fevereiro.
A companhia reestruturou toda a parte de rede de incêndio, drenagem, pavimentação do pátio e revitalização dos armazéns no ATU12, que recebe e realiza a movimentação de cargas de fertilizantes, enxofre, concentrado de cobre, minério de ferro e magnesita.
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Além do acabamento externo e implementação da CSTV, sistema de monitoramento por câmeras, para o alfandegamento, também foram construídas portarias nos piers, com o processo de controle de veículos e pessoas, algo que não existia.
Já no ATU18 — que vai oferecer serviços de movimentação e armazenagem padrão de granéis sólidos vegetais e demais serviços portuários relacionados como inspeção, triagem, pesagem, entre outros —, a capacidade de armazenagem e movimentação de cargas deve atingir mais de cinco milhões de toneladas após os investimentos na segunda fase.
“Desde o início, toda a equipe tem trabalhado com o objetivo de elevar o nível do serviço e de segurança oferecido nos terminais, assim como aumentar a produtividade das áreas. Com foco principal no atendimento dos clientes e usuários do porto”, destaca Marcos Tourinho. “Os investimentos nos dois terminais contribuem com a geração de empregos e resultam em mais oportunidades de negócios, com impacto significativo na economia local”, complementa o executivo.
A segunda fase das obras, prevista para ser iniciada em abril e que contará com mais de R$ 600 milhões de investimentos, será focada em espaços e a modernização de todos os equipamentos.
Segundo a empresa, alguns pontos serão prioridades a partir de agora, como a criação de um novo berço no ATU18, a reforma estrutural do TGS I, localizado no ATU12, a aquisição de carregadores e descarregadores de navios, esteiras transportadoras, implementação de um novo armazém para fertilizantes, toda a parte de pavimentação e construção das balanças, tombadores e silos, além das vias terrestres.
Também estão programadas uma nova sede, com refeitório e almoxarifado, entre outras coisas. “Tudo o que já fizemos deu uma nova cara para os terminais, inclusive com aumento de produtividade e segurança nas operações. Mas a fase que se inicia, será ainda mais importante, visto que colocaremos em prática tudo o que foi firmado em nosso contrato de concessão o que vai alterar de forma relevante o modo que o Porto opera e sua escala”, afirma Marcos Tourinho.
Contrato e investimentos
A CS Portos conquistou o leilão no final de 2020. Ao todo, a empresa investirá, nos primeiros três anos da operação, mais de R$ 627 milhões em obras de melhorias e modernização, conforme previsto no Plano Básico de Implantação (PBI), aprovado pelo Ministério da Infraestrutura.
Os contratos do ATU12 e ATU18, tem duração de 25 e 15 anos, respectivamente. Ambos podem ser prorrogados por até 70 anos. A projeção é mais que quadruplicar a capacidade de armazenagem e produtividade nos terminais.