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De olho no álcool, MS quer meios para escoar produção

De olho na exportação do álcool, uma das atividades que mais cresce no Estado, Mato Grosso do Sul apresentou hoje seus principais gargalos na logística de transporte e os prejuízos que causam ao escoamento da produção.
As principais necessidades estruturais foram expostas por técnicos do governo e da Indústria em reunião com o Secretário de Política Nacional de Transportes, Marcelo Perrupato, que vai inserir algumas das reivindicações no PNLT (Plano Nacional de Logística e Transporte).
Segundo o secretário de Estado de Obras Públicas e de Transporte, Edson Giroto, um dos modais mais subutilizados em Mato Grosso do Sul são as hidrovias.
“A hidrovia Paraná-Tietê, por exemplo, transporta quatro milhões de toneladas, mas tem capacidade de transportar trinta milhões”, citou.
Ele também destacou a integração de rodovias, aerovias, ferrovias e hidrovias como a principal saída para facilitar o escoamento da produção e baratear o produto final.
“Nosso Estado é um dos maiores produtores de comodities do Brasil, e se não tivermos esta integração nunca seremos um Estado do futuro, de ponta”, resumiu.
Giroto observou que o Estado hoje dispõe de uma ferrovia concessionada e inoperante e que precisa de uma melhor estrutura ferroviária para se desenvolver economicamente.
“Temos que investir pesado em novas ferrovias para integrar, para que o Estado esteja inserido neste novo momento do Brasil”, observou.
Conforme o secretário, 81% do que se produz no Estado é transportado por meio de caminhões, mas é necessário um equilíbrio maior na utilização dos diversos modais de transporte.
“Fazendo isso ganhamos em grande escala no preço final do produto”, disse.
O presidente da Fiems, Sérgio Longen, também observou que o alto custo do frete “tem inviabilizado a competitividade dos produtos”.
Na prática, o crescimento industrial em Mato Grosso do Sul estrangulou os modais, principalmente o rodoviária, que já não suportava nem mesmo suprir as necessidades do agronegócio do Estado.
Hoje, o Estado possui 21 usinas alcooleiras e está prestes a se tornar o terceiro produtor de açúcar e álcool do Brasil, só perdendo para São Paulo e Goiás.
Algumas soluções apresentadas a Marcelo Perrupato, do Ministério dos Transportes, é a duplicação de algumas rodovias, investimento pesado em hidrovias e modernização da malha ferroviária.
A idéia é fazer um corredor de transporte, acessar os mercados asiáticos e exportar grãos e minério, diversificando a matriz econômica do Estado.
O governador André Puccinelli observou que a integração dos modais de transporte coloca o Estado em posição econômica privilegiada e “transforma Mato Grosso do Sul em um dos baluartes do Centro Oeste”.
O secretário de Política Nacional de Transportes, Marcelo Perrupato, observou que Mato Grosso do Sul tem mostrado índices de desenvolvimento acima da média de outros estados e que por isso precisa ter sua estrutura logística olhada “com mais atenção”.
O Plano Nacional de Logística e Transporte, apresentado hoje por ele no Centro de Convenções e Eventos Albano Franco, é um processo transparente e participativo, que conta com governos estaduais, suas áreas de planejamento e de transportes, setores produtivos – agricultura, indústria, comércio, turismo – operadores de transportes, construtores e usuários, visando projetos prioritários e estruturantes.
O PNLT serviu de embasamento para a formulação do PPA (Plano Plurianual) 2008-2011, das primeiras indicações de investimentos para o PPA 2012-2015 e dos ensaios de organização dos PPAs seguintes até 2023, quando se atinge o horizonte dos estudos socioeconômicos elaborados para este plano. (fonte: Aquidauana News)

 


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