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Demora na liberação de veículos no porto já atinge concessionárias

O acúmulo de veículos no pátio do porto de Rio Grande é o sinal mais claro do impacto causado pela soma da operação-padrão iniciada no mês passado pela Receita Federal e da greve dos servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em vigor desde o dia 16. A capacidade de 9 mil vagas no estacionamento voltado aos automóveis descarregados foi ultrapassada na segunda-feira, quando uma nova carga totalizou 10 mil carros no local. Em condições normais das operações da Receita, o comum é que metade desse contingente ocupe as dependências do terminal.

A manifestação dos servidores já tem reflexo nas concessionárias automotivas. O vice-presidente do Sindicato Intermunicipal dos Concessionários e Distribuidores de Veículos no Estado do Rio Grande do Sul (Sincodiv-RS), Tarso Zanatta, afirma que a inspeção e liberação dos automóveis está lenta e causa transtorno aos compradores. “Claro que cada marca vive uma situação particular, mas para nós já está atrasando no mínimo 15 dias para entregarmos o carro ao cliente”, diz o executivo que atua em uma revenda da GM.

O atraso coincide com a demora na liberação observada no porto. De acordo com a assessoria de imprensa da Superintendência do Porto de Rio Grande, a vistoria que, costumeiramente, demora de dois a três dias, tem levado uma média de 12 a 15 dias para ser concluída no caso dos automóveis. Apesar do montante de veículos ser maior que a capacidade de armazenamento, a situação ainda é considerada dentro do controle. A preocupação está no futuro próximo. Caso não sejam liberados até o mês que vem, os carros que hoje ocupam o pátio podem impedir o ingresso de novas cargas.

Mesmo sabendo dos percalços causados ao comércio exterior do Brasil e aos consumidores, o objetivo dos fiscais da Receita está sendo atingido. As consequências desse tipo de ação já são conhecidas e correm conforme o previsto pelo presidente da delegacia sindical do Sindifisco Nacional em Porto Alegre, Vilson Romero. O dirigente explica que os fiscais vão continuar o protesto até o dia 1 de agosto, quando é esperada uma resposta do governo para o pedido de reajuste salarial de 30% e melhores condições de trabalho. “Nosso objetivo não é trancar, mas fazer um pente fino nos navios e cargas”, destaca Romero, acrescentando que somente em Vitória (ES) há uma fila de 11 navios para fiscalização.

O representante dos fiscais adianta que se não houver acordo, a categoria pode ultrapassar a operação-padrão e entrar em greve, situação que tende a afetar também os serviços prestados aos contribuintes pessoa física. No porto seco de Uruguaiana, a manifestação tem dobrado o tempo de liberação de cargas, que passou de uma média de dois para cinco dias, conforme informação da assessoria de imprensa do terminal.

Apesar de ocorrer paralelamente ao movimento da Receita Federal, a greve da Anvisa é menos sentida no Rio Grande do Sul. Os atrasos nas vistorias em Rio Grande existem, mas não causam filas de embarcações.

Fonte: Jornal do Commercio/RS / Mayara Bacelar






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