Os ajustes às novas normas contábeis fizeram o lucro líquido da JSL (antiga Julio Simões Logística) passar de R$ 58,4 milhões no terceiro trimestre do ano passado para R$ 17,5 milhões no mesmo período deste ano, um recuo de 70%.
Segundo a companhia, o motivo da queda foi um efeito não recorrente que impulsionou o faturamento de julho a setembro de 2010 e afetou a comparação com o período atual.
A receita bruta registrada naquele trimestre foi de R$ 717,2 milhões, sendo que R$ 141,8 milhões foram resultado do ajuste da companhia. O valor "extra" veio de contratos de arrendamento mercantil de máquinas e equipamentos a clientes e foi reconhecido, de uma só vez, na receita bruta da venda de ativos.
A determinação para o procedimento é do pronunciamento técnico de número seis do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), que regula as operações de arrendamento mercantil. Ele determina que riscos e benefícios da propriedade do ativo arrendado permaneçam no arrendador ou no arrendatário.
"Passamos todos os riscos do ativo, e isso afeta a contabilização porque ônus e os bônus dos bens são descontados. Seguramente, esse foi o motivo da queda do resultado na comparação trimestral", diz Denys Marc Ferrez, diretor administrativo-financeiro e de relações com o investidor da JSL.
No terceiro trimestre deste ano, a receita bruta recuou para R$ 686,4 milhões, dos quais apenas R$ 4 milhões aproximadamente foram oriundos de aluguel de ativos. O valor é 4,3% menor que no mesmo período de 2010. Além disso, o custo das prestações de serviços aumentou 16% na mesma comparação, para R$ 425 milhões.
Para o presidente da JSL, Fernando Simões, as expectativas para o quarto trimestre são positivas. "Em geral, o segundo semestre é melhor que o primeiro", disse Simões.
Fonte: Valor Econômico/Por Fábio Pupo | De São Paulo
PUBLICIDADE