Animada com o forte aumento das importações brasileiras, que acumulam US$ 48,6 bilhões no ano, ou uma alta de 40,1% na média diária até a semana passada, a alemã DHL Express, uma das maiores empresas de transporte aéreo de cargas do mundo, lança na segunda semana de maio no Brasil e no resto do mundo um produto voltado para a importação. A diretora de marketing da DHL no Brasil, Juliana Vasconcelos, conta que será uma campanha global, incluindo o Brasil, com propaganda em jornais e canais de televisão a cabo.
"Para o Brasil, é o momento ideal, próprio para as importações, com uma demanda muito forte", afirma Juliana. De acordo com ela, os principais usuários do novo produto deverão ser empresas dos setores têxtil, eletroeletrônico, montadoras de automóveis e de tecnologia, entre outros. A Ásia, especialmente China, Malásia e Taiwan, por exemplo, são os compradores potenciais. O novo serviço foi batizado como "DHL Import Express Worldwide".
A executiva afirma que o foco de atuação da DHL são cargas em pacotes individuais que pesam até 70 quilos. Segundo Juliana, são encomendas como insumos, peças e equipamentos. Com o novo serviço, a DHL estima um crescimento de até 15% no volume de encomendas transportadas do exterior para o Brasil em 2010. No ano passado, a DHL registrou crescimento de 16% no seu faturamento no Brasil. A empresa não divulga valores. Para 2010, Juliana estima a mesma taxa de crescimento em relação a 2009.
Atualmente, 50% do faturamento da DHL no Brasil é gerado no mercado doméstico. A outra metade vem de encomendas para o exterior. Com o novo produto, Juliana acredita que a proporção de sua receita proveniente de operações envolvendo outros países deverá crescer, mas ela não soube estimar um percentual.
A DHL não conta com uma frota de aviões própria no país. A empresa utiliza os porões de carga de aviões de outras companhias, como TAM, Lufthansa, Air France KLM e American Airlines. A empresa alemã conta com mil funcionários diretos, frota de 250 veículos terrestres e 13 bases operacionais. No mundo, a companhia tem 310 mil funcionários, atuação em 214 países e sua receita global foi de €644 milhões no ano passado.
Fonte: Valor Econômico/ Alberto Komatsu, de São Paulo
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