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Documentação paralisa obra de dragagem do Rio Itajaí-Açu, em Itajaí, no Litoral Norte

Pendências entre empresa Jan de Nul e Receita federal impediram continuidade da obra que vai permitir que navios com até 600 contêineres sigam para os portos
Daniela Matthes | daniela.matthes@santa.com.br

Uma pendência entre a empresa belga Jan de Nul e a Receita Federal está impedindo a continuidade da dragagem do Rio Itajaí-Açu, em Itajaí. Ainda não há data para a draga voltar a funcionar. A empresa suspendeu os trabalhos de aprofundamento do canal do rio no final da semana passado, após quatro meses de obras.

A informação é da Secretaria Especial de Portos (SEP), que detalhou quais são as pendências. Apesar da paralisação, a SEP garante que continua cobrando que o cronograma seja respeitado. A conclusão da obra está prevista para novembro.

A obra vai permitir que navios com até 600 contêineres sigam para os portos

O superintendente do Porto de Itajaí, Antônio Ayres, junto com o prefeito de Itajaí, Jandir Bellini, foram a Brasília semana passada em busca de explicações. A SEP, responsável pela obra, informou que a draga Charles Darwin é estrangeira (belga), por isso precisa ter documentações específica e pagar taxas durante o período de funcionamento do equipamento no Brasil.

A previsão da Jan de Nul era de que a draga precisasse ser usada até 18 de julho. O período necessário, porém, acabou sendo maior. A empresa não explicou o motivo. Agora, para poder voltar ao trabalho, a documentação precisa ser refeita e quitadas novas taxas.

A expectativa é que essa adequação não demore, mas ainda não há uma data para que a draga volte ao rio. Agora a obra está entrando na fase de finalização e uma draga menor deve ser usada. Apesar da paralisação temporária, Aires está tranquilo.

— Logo a obra deve recomeçar. Agora já estamos numa situação muito melhor que antes da draga chegar. Ainda é preciso fazer o nivelamento do fundo do rio e o acabamento nas margens — conta o presidente.

A assessoria de comunicação da empresa Jan de Nul informou que o responsável pela empresa está no Exterior e que não poderia se manifestar. O inspetor adjunto da Receita Federal de Itajaí, Gustavo Robetti, disse que o órgão não poderia se pronunciar em respeito ao sigilo fiscal, garantido tanto às empresas quanto pessoas físicas pela Constituição.

Tanto o Porto de Itajaí quanto a Portonave também não quiseram se posicionar sobre o assunto. A reportagem do Santa entrou em contato com o prefeito de Itajaí, Jandir Bellini, mas até a tarde desta quinta-feira não havia retornado as ligações.

Fonte: Diário Catarinense


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