Cerca de 30 mil metros cúbicos de sedimentos já foram dragados do Canal de Piaçaguera, em Cubatão. O serviço, iniciado no final da semana passada, faz parte de uma parceria entre Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp, a Autoridade Portuária), a Usiminas e a VLI. Além deste primeiro serviço, a draga Lelystad fará a manutenção das profundidades do canal do estuário.
O objetivo é impedir que o acúmulo de sedimentos reduza calado operacional – a distância entre a superfície do mar (ou rio) e a parte mais inferior de um casco na água, ou seja, a metragem vertical da parte da embarcação que fica submersa. Quanto mais carregado (pesado) um cargueiro, mais ele afunda e, assim, maior é seu calado.
Conforme o capitão-de-mar-e-guerra Ricardo Fernandes Gomes, comandante da Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP), hoje, o limite de calado no Canal de Piaçaguera – localizado no interior do estuário, na direção da Alemoa – é de 8,7 metros. Na maré alta, chega a 9,8 metros. O calado de projeto para aquela região, a ser alcançado após a dragagem, é de 12 metros.
Ainda segundo o capitão dos portos, foram identificados dois pontos mais críticos de assoreamento. Em um primeiro momento, a obra será concentrada nesses dois locais, onde não há presença de material contaminado.
Além deste serviço, a draga Lelystad trabalhará na retirada de sedimentos no canal do estuário, a via de acesso ao cais santista. Neste caso, o equipamento também vai atuar apenas nos pontos mais assoreados.
A Lelystad tem capacidade para armazenar 10 mil metros cúbicos de sedimentos em sua cisterna (tanque), um comprimento de 137 metros e 26 metros de boca (largura). A capacidade da cisterna, o baixo calado (8,2 metros), a alta velocidade e o grande poder de sucção lhe conferem excelente produtividade e baixo custo operacional.
Fonte: Tribuna Online
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