RIO - O presidente da LLX, Otávio Lazcano, acredita que a duplicação de capacidade do Porto Sudeste não vai interferir nos negócios do Porto do Açu. Ele acredita haver demanda suficiente, principalmente de minério de ferro, para justificar a operação.
Na semana passada, as empresas MMX, LLX e PortX, de Eike Batista, divulgaram a ampliação da capacidade de estocagem de minério de ferro do Superporto Sudeste, em Itaguaí, no Rio de Janeiro. A capacidade de embarque passou de 50 para 100 milhões de toneladas de minério de ferro por ano.
Segundo o presidente da LLX há terminais de minério de ferro existentes no Brasil, controlados pela Vale ou pela CSN, no quadrilátero ferrífero, por exemplo, que não podem ser explorados por conta da falta de logística.
"Não sei como a expansão do Sudeste poderia ter um impacto negativo sobre as operações do Açu. É exatamente o oposto. Há uma grande demanda, um grande volume de recursos de minério de ferro no Brasil, mineradoras que desesperadamente precisam desenvolver escoadores logísticos para tornar esses recursos viáveis", afirmou Lazcano, em teleconferência sobre o plano de expansão da LLX.
A LLX sofreu uma cisão, com a criação da PortX, que passou a incorporar o Porto Sudeste. A MMX, empresa de mineração do grupo de Eike, poderá adquirir a PortX no final da operação, através de uma oferta de permuta, no valor de US$ 2,2 bilhões. As ações da PortX dispararam mais de 800% na sua estreia no Novo Mercado da BMFBovespa na sexta-feira passada.
(Fnte: Valor Econômico/Juliana Ennes)
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