O ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, veio a Belém ontem, segunda-feira (22), onde falou a representantes do empresariado local e autoridades sobre os empreendimentos previstos para as concessões no Pará, dentro do Programa de Investimentos em Logística (PIL) do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que prevê a privatização de portos, aeroportos, rodovias e ferrovias de todo o país.
O novo sistema de logística nacional, que contará com participação do setor privado, atenderá ao modelo de leilão pela menor tarifa para modernizar a infraestrutura do país. A previsão é que pouco mais de R$ 20 bilhões sejam aplicados na economia do Pará.
"Nas rodovias, ganha quem apresentar o melhor projeto e o melhor custo-benefício dos leilões. Nós já tivemos um grande sucesso na Rio-Niterói, conseguimos aumentar os investimentos e diminuir os pedágios", declarou.
Portos
O programa também prevê o arrendamento e construção de 20 terminais portuários do Pará, incluindo os portos de Vila do Conde, Miramar e das Docas de Belém, que transportam grãos, combustíveis e cargas diversas, além de portos em Santarém na fases 1 e 2 dos leilões.
Rodovias
Trecho recém-construído de 22,7 km na BR-163 em Mato Grosso. (Foto: Leandro J. Nascimento/G1)
A rodovia BR-163, que liga o porto de Miritituba, em Itaituba, e Sinop, no Mato Grosso, deverá ser leiloada ainda este ano obedecendo o critério de quem oferecer a tarifa mais barata para o pedágio. O governo estipula que quem adquirir a rodovia terá de fazer um investimento de R$ 6,6 bilhões para o trecho de 976 quilômetros da estrada. Segundo o Ministério do Planejamento, o objetivo do leilão é melhorar a logística do escoamento de grãos pelos portos do norte do país.
Antes do anúncio do PIL, o governo do Pará havia anunciado que um trecho de 16 km da rodovia federal BR-316 que sai de Belém e vai até Marituba passará a ser administrado pelo governo do estado.
Ferrovias
Além da rodovia federal, o programa também deve colocar à venda as ferrovias norte-sul, que possui um trecho no Pará ligando Barcarena, no nordeste do estado, e Açailândia, no Maranhão.
Quem arrendar a rodovia terá de investir R$ 7,8 bilhões na sua melhoria, e o leilão tem como objetivo concluir o corredor norte-sul, com extensão de 1.430 km. Atualmente esta ferrovia é parcialmente controlada por uma subsidiária da mineradora Vale no trecho entre Açailândia e Palmas, que não será leiloado.
O trecho férreo de Miritituba, no oeste do Pará, a Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, também será leiloado para melhorar o escoamento da produção agrícola pela hidrovia do Tapajós. Para esta ferrovia o investimento previsto é de R$ 9,9 bilhões.
Fonte: Do G1 PA
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