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Embarques de bois no PA ainda suspensos

A Secretaria do Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas) informa que recebeu da Companhia Docas do Pará (CDP) o plano de ação para lidar com o naufrágio de um navio com 5 mil bois no Porto de Vila do Conde, em Barcarena (PA), ocorrido no dia 6 de outubro. A Semas também recebeu da empresa o plano de contingenciamento para o caso de futuros acidentes com cargas vivas no terminal.

Os dois documentos foram elaborados em parceria com a Minerva Foods, dona dos bois que seriam exportados para a Venezuela, e são considerados pré-requisito para a liberação do embarque de animais vivos em Vila do Conde. Em nota, a Semas informa que recebeu os planos na última semana, mas que ainda estão em fase de análise.

Esta é a segunda vez que as empresas entregam os relatórios técnicos à secretaria. A proposta apresentada em outubro não havia sido acatada, pois a Semas disse esperar um "plano de ação conclusivo" das partes e uma "solução ambiental viável" para a liberação dos embarques no porto. A maior parte da exportação nacional de gado em pé era feita por Barcarena, mas a licença para tal operação foi revogada após o naufrágio do navio Haidar, de bandeira libanesa. Anteriormente, a mesma licença havia sido concedida pela Semas sem que houvesse um plano de contingenciamento. Segundo a CDP, o Porto de Vila do Conde está operacionalmente apto a prosseguir com os embarques, embora o resgate do Haidar esteja em andamento.

A Semas afirma que reconhece a "importância fundamental que a atividade pecuária tem para a economia do Estado" e que se reuniu com representantes do Ministério Público Federal (MPF) e do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) para buscar soluções emergenciais que assegurem os embarques. A apresentação e aprovação dos planos, porém, é tida como essencial. Segundo a secretaria, quase 30 mil bois vivos continuam estocados em pontos de apoio de embarque, tendo como destino de saída o Porto de Vila do Conde.

Nesta semana, a Minerva reiterou que continua em busca de alternativas ao terminal para garantir a continuidade de suas vendas externas, mas a companhia não entrou em detalhes sobre as opções, que incluiriam o Porto de Itaqui (MA). A companhia é líder na exportação de bois vivos no País.

No que se refere às consequências do naufrágio, a Semas afirma que todas as carcaças bovinas que escaparam às barreiras de contenção e foram parar em praias turísticas da região já foram removidas. A retirada das 700 toneladas de óleo da embarcação está em andamento, mas restam mais de 4 mil carcaças bovinas dentro do navio, ainda submerso.

Fonte: Estadão






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