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Empresários vão retomar negociação sobre o projeto Santos 17

Empresários do Porto de Santos pretendem retomar, nas próximas semanas, as negociações com a Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP) sobre o projeto Santos 17. O objetivo dos executivos é firmar uma parceria com a pasta federal e financiar os estudos necessários sobre o aprofundamento do canal do complexo marítimo, dos atuais 15 para 17 metros. O grupo pretende agilizar essas pesquisas de modo que, se a viabilidade da obra for comprovada, o Governo possa realizá-la até 2017.

Para os empresários, com o canal aprofundado, é possível trazer navios de maiores dimensões ao cais santista. Atualmente, com a via de navegação com 15 metros de profundidade, Santos recebe conteineiros capazes de transportar 10 mil TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés). Com 17 metros, podem vir embarcações de 14 mil TEU, segundo informações do setor.

A intenção do grupo de voltar a procurar a SEP foi confirmada, na quarta-feira(10), por dois dos executivos que estão à frente do projeto Santos 17 – o CEO da Brasil Terminal Portuário (BTP), Antonio Passaro, e o diretor-geral da Libra Terminais Santos, Roberto Teller, que preside o Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp). Nos próximos dias, eles pretendem se reunir e debater a proposta com dirigentes da Praticagem de São Paulo e da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), com quem já vem conversando sobre o caso. Somente depois, vão à Brasília, o que deve ocorrer em duas semanas.

Segundo Passaro e Teller, o apoio da Praticagem e da Codesp é importante no processo. Os práticos são os profissionais responsáveis por orientar a navegação no canal, podendo avaliar as medidas necessárias para a vinda de maiores embarcações. Já a Docas, como Autoridade Portuária, é a gestora da via marítima, tendo estudos próprios sobre dragagens anteriores e a hidrodinâmica do estuário.

As análises a serem financiadas devem ser feitas por professores da Universidade de São Paulo (USP) e técnicos do Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH), órgão subordinado à SEP. A participação dessas entidades foi sugerida pela Praticagem e pela Codesp, segundo os empresários.

Demanda não atendida

O projeto Santos 17 foi exposto pelo grupo ao ministro dos Portos, Edinho Araújo, em 31 de março passado. No encontro, o titular da SEP orientou que os executivos apresentassem a ideia na consulta pública organizada pela pasta para debater uma eventual gestão privada do canal, que aconteceu nos meses seguintes. Para Araújo, caso a administração da via de navegação venha a ser privatizada, o concessionário poderá financiar os estudos.

A sugestão foi acatada pelos empresários santistas. Mas acabou não atendendo sua demanda, uma vez que a SEP deve definir como ficará a gestão do canal apenas no ano que vem. E o grupo quer iniciar os estudos sobre o aprofundamento o mais breve possível, de preferência neste ano. Essas considerações serão levadas ao ministro dos Portos.

Complementação

As pesquisas a serem financiadas através do projeto Santos 17 vão dar continuidade a estudos programados pela Codesp, explicou o diretor-geral da Libra Terminais, Roberto Teller. “Vamos complementá-los”, disse

Atualmente, a Companhia Docas negocia com a USP e o INPH a realização de trabalhos sobre os navios que o Porto de Santos deve atender nos próximos anos e, também, as obras necessárias para recebê-los, como dragagens de aprofundamento e mesmo a mudança do traçado do canal, informou o diretor de Planejamento Estratégico e Controle da Codesp, Luís Cláudio Santana Montenegro.

O dirigente da Docas defende trazer o INPH para essa tarefa pois, como órgão público, suas atividades não terão custos. Simultaneamente, a participação da USP é considerada essencial por técnicos da Autoridade Portuária e representantes da Praticagem, devido ao conhecimento de seus professores sobre o canal e o estuário santista.

Segundo Montenegro, o acordo a ser firmado entre a Autoridade Portuária e as duas entidades de pesquisa deve ser definido até o próximo mês e os trabalhos, iniciados “o mais rápido possível”. “Nesse processo, saberemos exatamente como os empresários poderão ajudar”, afirmou.

Fonte: A Tribuna On-line






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