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Ênfase no pós-venda

 

Com demanda crescente por empilhadeiras e concorrência de empresas asiáticas, atendimento tem sido diferencial


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As vendas de empilhadeiras no mercado brasileiro tendem a continuar crescendo nos próximos anos. Ainda que os números no Brasil sejam inferiores aos dos Estados Unidos e de países europeus, o mercado de empilhadeiras segue com grande potencial e novas empresas estão se estabelecendo ou expandindo operações em território brasileiro.

A expansão e a renovação da frota vêm acontecendo desde 2003, principalmente em polos industriais ou logísticos e em empresas de grande porte, inclusive do setor portuário. Na avaliação de fabricantes e distribuidores, o aquecimento da economia acima da média mundial e a necessidade de ampliar a frota permitem a exploração desse mercado no Brasil. Nesse cenário cada vez mais competitivo, o pós-venda e a reposição de peças têm sido algumas das apostas das empresas para se destacarem nos negócios.

 

A Associação Brasileira de Logística (Abralog) estima que foram vendidas cerca de 20 mil empilhadeiras no país em 2011, contra aproximadamente quatro mil em 2003. Se o cenário econômico se mantiver, a associação acredita que a venda de empilhadeiras possa crescer de 15% a 20% no país, chegando a 24 mil máquinas em 2012. Mesmo com todos os fabricantes fazendo projeções otimistas em relação ao potencial de venda de empilhadeiras no país, os números ainda podem crescer, considerando que países como Espanha e Itália, bem menores que o Brasil em área, comercializavam entre 16 e 20 mil unidades por ano, já em 2003.

Guilherme Boger, gerente-executivo da Associação Brasileira de Transportes Internacionais (ABTI), afirma que o aumento nas vendas de empilhadeiras insere-se num processo em que as empresas buscam melhorar a estrutura de atendimento aos clientes. Essa dinâmica motivou a troca de equipamentos antigos, sobretudo para melhorar o serviço de movimentação das mercadorias de transporte internacional. “No caso das nossas associadas, temos notado implantação de níveis mais altos de qualidade, buscando velocidade no atendimento, segurança e agilidade”, analisa Boger.

O gerente regional de vendas da Combilift, Cyro Aranha, afirma que o aumento da competitividade dos portos brasileiros depende de mais eficiência operacional, que passa pela especialização das atividades de movimentação de materiais. “O Brasil precisa adotar soluções especializadas e customizadas para movimentar materiais em substituição às empilhadeiras convencionais”, observa Aranha.

Em meio ao processo de expansão da frota, as empilhadeiras asiáticas entram no mercado brasileiro com preços competitivos. Mas a aposta de alguns distribuidores desses produtos tem como contraponto a cautela dos clientes em relação à novidade. Para minimizar essa desconfiança, algumas empresas brasileiras contrataram representantes em países como China, Japão e Taiwan. O objetivo de garantir presença nesses países é facilitar as negociações e encontrar empresas sérias e produtos confiáveis.

A Empilog, de Blumenau (SC), representa as empilhadeiras Feeler, de Taiwan, que são montadas na China, com motor e transmissão japoneses e sistema de gás norte-americano. A empresa brasileira, ligada ao grupo LPR Brasil, investiu R$ 2,5 milhões em estoque de empilhadeiras. Em 2011, primeiro ano de operação, comercializou 50 máquinas. O gerente comercial da Empilog, Guilherme Bittencourt, conta que a empresa prevê triplicar as vendas em 2012 e expandir sua rede de representantes.

Bittencourt diz que a Empilog possui três representantes na China a fim de facilitar as relações com os fornecedores. “Fomos até a China e fizemos uma pesquisa extensa com vários fornecedores. Temos representantes morando lá para negociar produtos de qualidade, com empresas sérias e que nos atendam com agilidade na garantia de peças”, explica Bittencourt.

O vice diretor-geral da CMH (Clark Material Handling South América), Aldo da Silva Neves, conta que a empresa precisou fazer um trabalho de apresentação das empilhadeiras chinesas no Brasil. Ele alerta que é preciso mapear bem o mercado, antes de importar novas marcas. Neves diz que foi um trabalho de longa duração iniciado em 2007, quando a CMH enviou um representante para conhecer melhor os fornecedores chineses e começar a negociar diretamente. “Procuramos conhecer e configuramos os modelos de empilhadeiras que nós queríamos. Não fomos importar produtos da China sem saber exatamente de quem estávamos comprando”, lembra Neves. Atualmente, a CMH possui dois representantes na China.

Outra forma encontrada pelos distribuidores de empilhadeiras para aumentar a credibilidade dos produtos asiáticos é manter um estoque de peças para reposição. Aranha, da Combilift, acredita que, para conquistar a credibilidade dos clientes, é necessário identificar fornecedores com base de fabricação no Brasil, serviços de pós-venda e estoques de peças para reposição.

Essa foi a estratégia da filial brasileira da fabricante norte-americana CMH, que foi a falência no início dos anos 2000. Um grupo de 13 ex-funcionários adquiriu a subsidiária, mantendo a vocação da antiga filial, mas buscando novos parceiros e a reposição do estoque. Após algumas dificuldades no início da nova formação, a CMH firmou parcerias para distribuir empilhadeiras de empresas dos Estados Unidos, China e Itália. Em 2005, primeiro ano de vendas após a reestruturação, foram comercializadas 40 empilhadeiras. Em 2011, a CMH Brasil vendeu cerca de mil unidades, praticamente o dobro do ano anterior, quando haviam sido comercializadas 550 máquinas.

Os resultados da CMH em 2011, assim como de outras empresas, foram alcançados principalmente no primeiro semestre, já que a conjuntura econômica mundial freou os investimentos nos seis meses seguintes. “No primeiro semestre, houve uma evolução bastante forte e, no segundo semestre, houve desaceleração em função de vários fatores como: crise econômica na Europa e nos Estados Unidos, e maior concorrência, principalmente de empresas chinesas recém-chegadas”, analisa Neves.

O diretor geral da Movicarga, Guilherme Pereira Osório, que representa a Nissan Forklift no Brasil, observa que existem fabricantes estrangeiros avaliando a construção de fábricas no Brasil, com objetivo de aumentar a confiança dos compradores e aproveitar o crescimento do país com valores competitivos. Ele alerta para a necessidade de análise de custos e preço de venda das empilhadeiras. Segundo Osório, esse é um ponto em que as novas marcas levam muita vantagem. “Os fabricantes tradicionais precisam manter o foco na qualidade do produto e no pós-venda — itens que os novos concorrentes ainda não têm a oferecer”, destaca Osório.

Bittencourt, da Empilog, diz que ainda há muita desconfiança em relação aos produtos chineses, ressaltando que muitos importadores estão trazendo máquinas da China sem se preocupar com o pós-venda, com as peças e com a qualidade do produto. Ele relata a existência de empresas em Santa Catarina que trazem máquinas com componentes chineses e preços bem abaixo do mercado, porém com dificuldade para encontrar peças de manutenção. “Nossa preocupação desde o início foi montar um estoque de peças para não deixar nossos clientes com máquinas paradas”, enfatiza Bittencourt.

O diretor geral da Movicarga alerta que, em breve, os novos concorrentes estarão capacitados a oferecer boa qualidade e serviço pós-venda, com preços inferiores aos praticados no Brasil. Atualmente, a Movicarga não possui forte expressão no mercado portuário, com algumas vendas para operações do porto de Santos. Porém, o planejamento estratégico para 2012-2014 prevê mais atuação neste segmento para ampliar os resultados.

 

Conforme aumentam o interesse no comércio brasileiro e a movimentação nos portos nacionais, cresce também a quantidade de empilhadeiras vendidas. Entre  elas,  estão  as empilhadeiras  para  contêineres (reach stackers), que possuem como principais características: rapidez, manobrabilidade, precisão e eficiência na movimentação. A Rimac, distribuidora de empilhadeiras de grande porte da marca sueca Konecranes, prevê crescimento de, pelo menos, 20% em 2012. Essa foi a mesma evolução registrada em 2011, na comparação com o ano anterior.

Segundo o diretor comercial da Rimac, Marcelo Vieira, a empresa espera vender 30 máquinas, o que é considerado uma quantidade expressiva, dado o porte do equipamento. Vieira observa tendências de investimentos para compra de empilhadeiras em terminais intermodais, portos secos e indústrias. Um dos clientes da Rimac é a fabricante de automóveis Hyundai, que adquiriu duas empilhadeiras da marca sueca para sua nova fábrica em Piracicaba (SP), cujas obras começaram em 2011.

Apesar do aumento da compra de reachstackers, as empilhadeiras mais demandadas no Brasil ainda são as movidas à combustão (GLP e diesel), com capacidade de carga entre 2,5 toneladas e quatro toneladas. A Linde Material Handling possui forte presença na área portuária, com vendas de reachstackers e empilhadeiras a combustão, de duas toneladas até 46 toneladas. Somente as empilhadeiras de 2,5 toneladas correspondem a 40% de todas as máquinas vendidas pela fabricante.

A expectativa da Linde é de crescimento, principalmente, para áreas secundárias dos portos e terminais intermodais. Além do segmento portuário, a Linde possui grande demanda para os segmentos de bebidas, mineração e metalurgia. A empresa pertence ao grupo Kion, que está construindo uma fábrica para produção de empilhadeiras a combustão, em Indaiatuba (SP).

A nova unidade da Kion tem previsão de ser inaugurada em junho e terá capacidade para produção de 10 mil empilhadeiras de combustão e elétricas até 2015. A expectativa da empresa é empregar 400 funcionários. O grupo, cuja sede fica no Rio de Janeiro, iniciou, em 2011, a seleção de técnicos em mecânica, mecatrônica e soldadores para operar na fábrica. Em Indaiatuba, a empresa fabricará máquinas para quatro marcas: Linde, Still, OM e Baoli.

As empresas do ramo de empilhadeiras também apostam nas demandas que virão com as próximas inaugurações e novos projetos de terminais. Um deles é o da unidade da Empresa Brasileira de Terminais Portuários (Embraport), localizada na margem esquerda do porto de Santos e que promete ser o maior terminal privado multiuso do Brasil.

Quando concluído, o terminal terá capacidade de movimentar dois milhões de TEUS e dois bilhões de litros de etanol. Com previsão de iniciar sua operação em 2013, o terminal receberá investimentos de R$ 2,3 bilhões. “Estamos observando tendências de muitos investimentos em novas indústrias, fábricas e parques logísticos. Estamos vendo muita demanda de equipamentos para esses setores”, analisa Vieira, da Rimac.

Vieira diz que alguns terminais de contêineres já estão migrando das reachstackers para RTGs — guindastes que se movimentam sobre rodas de borracha e são responsáveis pelo armazenamento e movimentação dos contêineres na área do cais. Já os terminais menores não utilizam os RTGs e continuam com as reachstackers, seja por falta de área, seja por não terem volume que justifique o investimento.

A Equiport está estudando entrar no mercado de empilhadeiras de garfos, que suportam até 45 toneladas. De acordo com o coordenador de Vendas & Marketing da empresa, Andrés Ramirez, é um equipamento mais específico e pouco conhecido no mercado. A Equiport já atua na venda de reachstackers e possui uma frota com mais de 360 empilhadeiras deste tipo em operação no Brasil.

Atualmente, a empresa possui como foco as empilhadeiras para contêineres e trabalha há dois anos com a marca Terex Cranes. Os produtos, fabricados na França e na Itália, são destinados a terminais portuários (porto seco e cais). Entre os clientes estão: Santos Brasil, Libra Terminais, MultiRio, Tecon Sepetiba (RJ) e o Terminal Portuário de Santa Catarina (Tesc).

O diretor executivo da Retrak Empilhadeiras, Fábio Dailson Pedrão, afirma que a empresa vem crescendo 30% ao ano desde 2008. Para 2012, o objetivo é manter esse patamar. Os principais clientes são a Volkswagen, Ceva Logística, Kimberly Clark e Reckitt Benckiser. Pedrão considera que o mercado brasileiro está ampliando a quantidade do uso de máquinas, o que acaba modernizando a frota de empilhadeiras

Vieira, da Rimac, acredita que as empresas correram para garantir a compra de empilhadeiras em 2011, pois o Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura Portuária (Reporto) terminaria em dezembro. As fabricantes de empilhadeiras comemoram a prorrogação do incentivo até 2015 e esperam que as vendas continuem em bom ritmo.

A Combilift iniciou operações recentemente no mercado portuário, através de entregas em uma unidade da Petrobras e fornecimento de empilhadeiras articuladas, também importadas com o benefício do Reporto. Como apresentam redução de área ocupada em até 20%, as empilhadeiras Combilift passaram a ser empregadas por operadores logísticos com pressão por otimização de sua área de estoque. As empilhadeiras comercializadas pela Combilift  já operam em empresas como Gerdau, VSB, AGCO, Arno, Embraer e Marcopolo.

 

Como nem todos os clientes possuem condições ou consideram vantagem comprar empilhadeiras, muitos optam pela locação das máquinas, principalmente para as aplicações mais pesadas. Muitas empresas preferem não comprar os equipamentos e priorizam ficar com os custos de locação e manutenção.

Pedrão, da Retrak Empilhadeiras, diz que a maioria dos operadores logísticos prefere a locação dos equipamentos por considerar mais rentável e cômodo cotar uma solução completa com o custo dos equipamentos fixos ao longo dos anos. Ele avalia que o diferencial entre os fabricantes está nos recursos técnicos oferecidos pelos equipamentos, na disponibilidade de treinamento para os mecânicos, na própria equipe de manutenção, no fornecimento de peças e na velocidade para que tudo ocorra simultaneamente.

Segundo Pedrão, o início do processo para a locação de uma empilhadeira passa por uma criteriosa escolha de um parceiro que possa atendê-lo rapidamente. Ele recomenda o treinamento de pessoal de campo para a fase de detalhamento da operação e indicação de soluções para o cliente. “Temos que cuidar e manter o equipamento com disponibilidade maior ou igual a 95% do seu tempo de utilização”, analisa Pedrão. A Retrak também se esforça na disponibilidade de equipamentos para entrega imediata.

Osório, da Movicarga, ressalta que os operadores logísticos precisam manter suas frotas sempre novas para garantir o nível de serviço exigido pelos seus clientes. Para isso, a maioria dos operadores busca a locação de máquinas com contratos de 36 meses, renovando a frota sem necessidade de altos investimentos. Além disso, o aluguel dos equipamentos permite que o foco deles concentre-se na entrega das mercadorias no melhor nível possível ao cliente, sem a preocupação com a aquisição, peças, manutenção e venda de empilhadeiras.

A Movicarga possui clientes com mais de 60 empilhadeiras em um único contrato, o que exige um suporte operacional e um estoque de peças muito eficiente e bem dimensionado. Os principais clientes da empresa são grandes indústrias e operadores logísticos, com demanda para locação de empilhadeira. Nos últimos meses, a Movicarga fechou contrato de locação com a Usina de Açucar Noble, com a Pepsico e renovou contrato com a Wheaton (embalagens de vidros).

A Empilog, que pertence ao grupo LPR Brasil, nasceu após uma pesquisa da empresa por novos produtos para importação. “O mercado tem muito a crescer ainda porque a economia brasileira está toda aquecida. Todos, até as pequenas empresas, estão precisando de empilhadeiras. Não existe mais carregar ou descarregar caminhão no braço ou no ombro. Tudo é paletizado”, analisa Bittencourt.

Uma das expectativas da Empilog para 2012 é expandir sua atuação para o Nordeste e também Paraná e Minas Gerais. Paraná pela proximidade da sede, que fica em Blumenau (SC) e Minas Gerais por o representante do Rio de Janeiro conhecer bem o mercado mineiro. Em relação ao Nordeste, Bittencourt diz que é uma região bastante carente de empilhadeiras. Ele cita a área industrial de Camaçari (BA). “É um mercado bem deficiente. Existem uma ou duas marcas de empilhadeiras que dominam o mercado, com o preço que eles querem para locação e para vendas”, observa Bittencourt.

Segundo ele, o aluguel de uma empilhadeira de três toneladas a gás, que custa R$ 2,8 mil no Sul, chega a custar R$ 3,5 mil no Nordeste. De olho nesse mercado, também está nos planos da Empilog importar equipamentos pelo Nordeste. Uma das opções será o porto de Pecém. A estratégia é não gastar com frete das máquinas do Sul até os estados nordestinos. “Estamos nos estruturando para importar as máquinas pelo Nordeste, não mais apenas pelo Sul. Com isso, ganharíamos no frete. A importação seria via porto de Pecém”, revela.

Com toda essa demanda por empilhadeiras, as tecnologias disponíveis em outros países começam a vir também para o Brasil. Já é possível encontrar empilhadeiras para as demandas de setores específicos, como o manuseio de tubos de dimensões longas (até 25 metros de comprimento), fardos de celulose (até 16 toneladas) e manuseio de vigas e chapas de aço (até 12 metros). O diretor executivo da ABTI estima que o uso de empilhadeiras e de softwares eficientes podem otimizar de 20% a 30% a operação. Segundo Boger, as empilhadeiras de bobina e paleteiras são as máquinas mais comuns no transporte internacional.

Vieira, da Rimac, diz que as inovações tecnológicas têm sido acompanhadas pela maioria das empresas brasileiras. Segundo o diretor comercial da empresa, isso torna o mercado mais competitivo e o pós-venda ainda mais importante. Ele ressalta que os fabricantes utilizam motorização, combustíveis, eixos, transmissão, hidráulica e sistemas elétricos semelhantes. “Hoje, as atualizações que podem ser feitas nessa linha de equipamentos é mais da parte estrutural e controles da máquina em si”, acredita. Ele cita uma empresa chinesa que está entrando forte no mercado, mas que ainda está correndo atrás das inovações que os fabricantes tradicionais de empilhadeiras já possuem.

Vieira conta que os clientes estão mais conscientes com o consumo de diesel e óleo hidráulico das empilhadeiras. Ele é um sistema que dimensiona o consumo de acordo com a carga transportada. Isso permite, por exemplo, que uma mesma empilhadeira consuma menos óleo transportando 10 toneladas do que ao movimentar 45 toneladas. Na linha do consumo inteligente, outro recurso das empilhadeiras mais modernas, é o desligamento automático, que permite programar o tempo máximo de consumo de combustível (diesel) quando a máquina estiver ligada, sem nenhum movimento. A medida reduz a emissão de CO2 na atmosfera.

Mathias Papenburg, gerente geral da Linde Material Handling Brasil, conta que a Linde pretende lançar produtos de menor custo nos próximos dois anos. Essa seria uma estratégia para competir com os preços das empilhadeiras asiáticas. A fabricante lançou no início de 2012 um sistema de transmissão para máquinas entre quatro e cinco toneladas. Esse sistema promete ganhos de produtividade e redução de custos de manutenção. A versão consome 20% a menos de combustível, comparada à série antiga.

Papenburg também prevê aumento nas vendas da empilhadeira elétrica contrabalançada. A opinião é compartilhada pelo diretor geral da Movicarga, Guilherme Pereira Osório. “Tenho certeza de que empilhadeiras elétricas serão as mais demandadas nos próximos três anos”, observa Osório.

— É preciso sempre estar se atualizando e se adaptando às necessidades dos clientes, apresentando as soluções para movimentação de materiais — enfatiza Neves, da CMH. A expectativa de crescimento da empresa em 2012 está em torno de 20%. A distribuidora possui um armazém numa área de 1,1 mil metros, em Campinas (SP), com peças armazenadas de todos os tipos para empilhadeiras. Entre os principais clientes da companhia estão: Nestlé, Coteminas e Marinha do Brasil.

Boger, da ABTI, conta que existem empresas emergentes da área de transporte e logística que investiram em empilhadeiras, conseguiram crescer e, em alguns casos, até competir com empresas de maior porte. Segundo ele, existem empresas com frota bem estruturada de veículos, quadro de funcionários, filiais, pontos de distribuição de armazenagem em nível internacional. “É um investimento que vem sendo feito ao longo dos anos pelas empresas. Elas estão suprindo as necessidades do mercado interno e atendendo ao mercado externo. É um custo num primeiro momento, mas as empresas se atentam a isso e colhem os frutos desses investimentos”, afirma Boger.

 






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