Estado do Rio terá novo terminal de contêineres

Sergio Barreto Motta

O presidente da Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ), Jorge Mello, revelou ser sua intenção colocar em licitação, em breve, um novo terminal de contêineres para o Porto de Itaguaí, além do já existente, o Sepetiba Tecon. No tradicional Porto do Rio, estão os terminais de Multiterminais e Libra. Com isso, a CDRJ teria dois terminais de contêineres em Itaguaí e dois no porto do Rio. O novo terminal deverá ter capacidade para receber grandes navios e operar 3 milhões de TEUs (contêineres de 20 pés ou equivalente) por ano. Para efeito de estatística, um contêiner grande, de 40 pés, representa 2 TEUs, ou seja, dois contêineres padronizados de 20 pés.
- O potencial de operar contêineres dos portos fluminenses crescerá muito, devendo ficar, no total, entre 5 milhões e 6 milhões de contêineres - declarou, citando que isso corresponderá a cinco vezes a capacidade atual dos dois portos fluminenses - Rio e Itaguaí - na especialidade.
Diante desse fato novo, Mello não acha prudente se implantar nova área de contêineres no velho Porto do Rio. Para o Porto do Rio, o que está em estudos é a expansão dos terminais existentes. Mello acredita que essas obras tenham o custo aproximado de R$ 500 milhões, valor que seria pago pelos grupos concessionários, que, em troca, teriam antecipada a renovação da concessão. Faltam 13 anos para o fim da concessão e o prazo seria elevado para 25 anos. No momento, está sendo feito estudo do reequilíbrio econômico dos contratos.
Segundo Mello, o acesso ao Porto de Itaguaí, que é a RJ-101, está com sua duplicação em áreas próximas praticamente concluída. O fato mais relevante, no entanto, será o Arco Rodoviário, uma ligação entre a área da nova refinaria da Petrobras (Comperj), em Itaboraí, até o porto, ao sul da capital fluminense. Assim, toda a carga rodoviária do Norte/Nordeste não terá mais de passar pela Ponte Rio-Niterói, para chegar a Itaguaí.
Um dos gargalos é a descida da Serra das Araras, onde o traçado dificulta a operação de caminhões e carretas. A CDRJ aguarda que a concessionária CCR invista nesse trecho, sem o que a expansão de Itaguaí ficaria com seu acesso rodoviário comprometido. Esse trecho possui curvas tão fechadas que a velocidade máxima no local é de 40km horários e caminhões e carretas não conseguem fazer curvas sem invadir a faixa ao lado, o que gera acidentes. Comentou que, em termos de acesso ferroviário, o Rio luta pelo Tramo Norte, de modo que cargas do centro do país cheguem a Itaguaí sem passar pelo centro de São Paulo, mas os paulistas desejam ver concretizado antes o Tramo Sul, para facilitar o acesso das cargas a Santos. (fonte: Monitor Mercantil)

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