O Sindicato dos Estivadores abandonou a mesa de negociações que vinha frequentando há uma semana com o Ministério Público do Trabalho (MPT). As duas partes tentaram acertar as diferenças sobre a distribuição de trabalhos no Porto de Santos, só que não chegaram a um denominador comum.
“Cobramos dos procuradores o cumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) na íntegra. Não só o que pune o avulso. Chegaram ao ponto de nos propor a retirada da ação na Justiça que temos contra o TAC. Por que eles não veem o homem da casa?”, diz o presidente da Estiva, César Bahia.
O procurador do Trabalho Gláucio Oliveira responde. “Eles propuseram a volta do sistema antigo de escalação e não aceitamos. Se reclamam de irregularidades no TAC, que formalizem a denúncia.
Falamos sobre a retirada da ação porque eles dizem que querem cumprir o TAC, mas têm uma ação na Justiça questionando o TAC. Isso é contraditório.”
O desentendimento entre as duas partes se intensificou justamente na véspera de uma tentativa de conciliação para a retomada da normalidade dos trabalhos no Porto de Santos.
Nesta sexta-feira, às 14h, será realizada em São Paulo a 3ª audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP) sobre a escalação dos portuários avulsos.
O assunto foi parar na Justiça porque o MPT entende que os portuários de Santos entraram em greve em 29 de maio, quando o serviço passou a ser distribuído de modo eletrônico.
Fonte:Tribuna Online / Bruno Rios
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