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Estudos da dragagem do Porto de Santos devem começar nesta semana

A definição da metodologia dos trabalhos que irão identificar os impactos da dragagem do Porto de Santos no meio ambiente serão definidos a partir desta semana. Esta é a expectativa do engenheiro civil Gilberto Olympio Mota Fialho, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que será o consultor da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) no projeto.

Os estudos serão elaborados por pesquisadores da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), sob a coordenação de especialistas nas engenharias Naval, Oceânica, Civil e Mecatrônica. O contrato para o início dos trabalhos foi assinado no último dia 21, por R$ 10 milhões. O Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH), órgão subordinado à Secretaria de Portos (SEP), também atuará na pesquisa.


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A capacidade de tráfego do canal de acesso ao Porto de Santos, o comportamento da via de navegação com 15 metros de profundidade e a possibilidade geométrica para a circulação de embarcações com 360 e 400 metros de comprimento serão avaliados pelos especialistas da USP.

A definição das obras de proteção necessárias para evitar a erosão nas praias e a deposição de sedimentos no canal, com o objetivo de otimizar o volume de material a ser dragado, também está prevista no cronograma de estudos.

Apesar do contrato com a USP já estar assinado, a Docas ainda não formalizou a consultoria que será realizada pelo professor Fialho. O especialista participou de algumas reuniões com as instituições mas ainda não há definição de quando ele começará a atuar no projeto.

“Por enquanto, foi combinada a minha participação. Mas não foi combinado o que farei dentro desse estudo da USP”, explicou.

Segundo o especialista, por enquanto, tudo que ele sabe é que será o consultor da Codesp. Outros detalhes, ele supõe que só serão conhecidos nas próximas semanas.

“Ainda não tem uma periodicidade definida, mas eu imagino que a minha participação, que seria mais adequada para a Codesp, seria na coordenação, na definição dos trabalhos, na metodologia. Conversar, participar da elaboração dessa definição de metodologia, principalmente. Vamos definir que trabalhos serão feitos, como serão feitos, quais os métodos que poderemos empregar. Eu participarei dessas decisões”, explicou o especialista.

Fialho deverá atuar na definição de como será feita a primeira fase dos estudos, prevista para ser entregue em fevereiro. Este é o prazo para que a USP produza um relatório, em atendimento a um acordo firmado com o Ministério Público Federal (MPF), em agosto.

A dragagem é apontada como principal causa da erosão nas praias de Santos. Por isso, o órgão pediu, na Justiça, a restrição do alargamento do canal de acesso ao Porto. Em uma audiência de conciliação, a Docas se comprometeu a contratar um estudo para avaliar os impactos ambientais da obra.

Modelo Físico

O professor universitário comemora a implantação de um modelo físico reduzido do Porto de Santos e de seu estuário na Cidade. A estrutura será construída em uma das oficinas da Docas e o objetivo é que ela se torne o embrião de um futuro centro de pesquisas permanentes sobre o cais santista.

"Eu acho muito bom. É uma chance das universidades locais participarem e absorverem tecnologia. Uma chance muito boa para a comunidade, que vai atrair conhecimento sobre o setor. Sem dúvida, será um legado para a Cidade e para todas as instituições interessadas em desenvolver tecnologia”, destacou o especialista.

No local, será possível reproduzir as características hidrodinâmicas do estuário, como a oscilação da maré e o movimento das ondas, o que permitirá estudar os efeitos do aprofundamento do canal de navegação e seu assoreamento.

Fonte: A Tribuna online






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