A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) divulgou, na última segunda-feira (14), a 7ª edição do Impulso das Exportações, publicação trimestral que traz números do comércio exterior brasileiro. Segundo a edição, no primeiro semestre de 2025 foram exportados US$ 301,65 bilhões, o melhor resultado desde 2022. O documento credita o resultado positivo ao crescimento das vendas para mercados considerados estratégicos.
Para a Argentina, por exemplo, houve avanço de 55,4%, em virtude da retomada da demanda pelo país vizinho. Para os Estados Unidos, o crescimento de exportações fechou o semestre com índice de 4,4% e, para a União Europeia, de 2,6%. O Impulso das Exportações informa ainda que, nos seis primeiros meses, as vendas de produtos brasileiros da indústria de transformação cresceram 4,7%, totalizando 88,5 bilhões de dólares.
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China
A publicação inclui estudo sobre as relações Brasil e China, e a previsão de investimentos dos chineses no país. E informa que durante o Fórum Empresarial Brasil-China, realizado em Pequim em 12 de maio e promovido pela ApexBrasil, foram anunciados mais de R$ 27 bilhões em novos investimentos chineses no Brasil. Os recursos serão aplicados em energia renovável, tecnologia, mobilidade, mineração, alimentos e semicondutores. Há, segundo a publicação, expectativa de cooperação com os chineses em áreas como saúde, biotecnologia, inteligência artificial, agricultura e comunicação.
A China é o principal investidor asiático no Brasil e o principal destino das exportações brasileiras, respondendo por 28% do valor total exportado e por 41,4% do superávit comercial do Brasil. As commodities, como soja (33,4%), petróleo bruto (21,2%) e minério de ferro (21,1%) representaram 75,6% do total exportado pelo Brasil àquele país. Além disso, de acordo com a ApexBrasil, em 2024 o Brasil se consolidou como maior fornecedor aos chineses de carnes bovina e de aves, soja, celulose e açúcar.
Segundo Jorge Viana, presidente da ApexBrasil, a diversificação da pauta exportadora é uma das prioridades do governo brasileiro, que tem expectativa de ampliar as vendas de proteína animal, café e produtos de maior valor agregado, como alimentos industrializados, medicamentos, máquinas e bioenergia. De acordo com a entidade, estudo recente sobre a relações comerciais com o país asiático identificou cerca de 400 produtos com potencial de exportação para o mercado chinês.