O Brasil exportou 30,9 milhões de sacas de café nos três primeiros meses do ano. O volume é 30,3% maior do que o embarcado no primeiro trimestre de 2018, quando 23,7 milhões de sacas foram escoadas. De janeiro até o mês passado, o Porto de Santos foi responsável pelo carregamento de 7,9 milhões de sacas do produto, 79,8% dos embarques brasileiros.
Os dados fazem parte do levantamento mensal do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). No primeiro trimestre, 28.304 TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) foram utilizados para embarcar o produto. Já no mesmo período do ano passado, 22.212 TEU seguiram para outros países carregados com a carga.
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Além do cais santista, outros complexos portuários escoaram a commodity, mas em menor escala. É o caso dos portos do Rio de Janeiro, que foram responsáveis pelo embarque de 1,2 milhão de sacas de café. O volume representa 12,5% do total escoado pelo país.
Na terceira posição no ranking de portos exportadores de café, aparece o Porto de Vitória (ES), responsável por escoar 433.132 sacas, 4,3% do total. Em seguida, o Porto de Paranaguá (PR) embarcou 203.790 sacas, 2% do produto vendido ao mercado internacional.
“Os resultados das exportações de café referentes ao mês de março foram muito positivos. O Brasil apresentou boa performance, mesmo estando no período de entressafra, com início da colheita do café conilon que acontece em abril e maio no Espírito Santo, na Bahia e em Rondônia e a colheita do café arábica, em maio e junho nos demais estados e suas devidas regiões. É importante destacar que o país registrou volumes recordes de exportação nos meses de janeiro a fevereiro”, destacou o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes.
Entre os dez principais destinos de café brasileiro no primeiro trimestre deste ano, os Estados Unidos ocuparam o primeiro lugar, com a importação de 1,8 milhão de sacas, 18,2% do total embarcado. A Alemanha ficou em segundo, com 1,7 milhão de sacas compradas (17,2%) e, em terceiro, a Itália, com 1 milhão de sacas adquiridas (10,5%).
Os demais destinos foram, nesta ordem: Japão, com 760 mil sacas importadas (7,6%); Bélgica, com 544 mil sacas (5,5%); Turquia, com 339 mil sacas (3,4%); Reino Unido, com 317 mil sacas (3,2%); Federação Russa, com 260 mil sacas (2,6%); França, com 237 mil sacas (2,4%); e Canadá, com 215 mil sacas (2,2%).
Qualidade
Com relação às variedades embarcadas, o café arábica correspondeu a 83,3% do volume total das exportações, equivalente a 2,4 milhões de sacas.
O café solúvel representou 10,9% das exportações, com 323 mil sacas exportadas, enquanto que o conilon (robusta) atingiu a participação de 5,8%, com o embarque de 173 mil sacas, crescimento de 125,7% em relação a março de 2018.
Em relação aos cafés diferenciados (aqueles que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis), de janeiro a março, o Brasil embarcou 1,8 milhão de sacas, uma participação de 18,8% do volume total do café embarcado no período. A receita, neste caso, foi de US$ 312 milhões, representando 23,9% na participação do valor total da exportação.
Fonte: A Tribuna