Movimento dos portos da RMF salta 33,9%
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Importações movimentaram 3,77 mi de toneladas nos dois terminais. Exportações somam 695,8 mil ton
Os portos cearenses do Pecém, em São Gonçalo do Amarante, e do Mucuripe, em Fortaleza, movimentaram, juntos, 4,46 milhões de toneladas de cargas nos primeiros oito meses deste ano, volume 33,9% superior à 3,33 milhões de toneladas trasladadas no período de janeiro a agosto de 2009. Ancoradas por ferro, aço e cimento às obras de infraestrutura e de construção civil em evolução no Estado, e pelos derivados de petróleo, para fazer rodar a máquina do crescimento econômico, as importações deram o "peso" na movimentação de cargas neste ano, com 3,77 milhões de toneladas nos dois terminais.
Adoçadas com 129,5 mil toneladas de frutas, sobretudo com mangas e melões, e adubadas com 81,3 mil toneladas de sal, calcário e materiais minerais, as exportações nos dois portos somaram 695,8 mil toneladas entre janeiro e agosto últimos, o equivalente a 18,4% da carga geral exportada pelo modal marítimo, seja para o mercado externo (longo curso), seja para o interno, por cabotagem.
Peculiaridades
Em relação a agosto último, especificamente, o Porto do Pecém "zarpou" na frente, e anotou movimentação de 330 mil toneladas de cargas gerais , volume 70,4% superior às 193,67 mil toneladas transportadas por meio do Porto do Mucuripe, no mesmo mês. Juntos eles (portos) movimentaram 523,67 mil toneladas no mês passado, carga 31% maior do que a movimentada em agosto de 2009, mantendo uma tendência de crescimento contínuo, puxado pelo incremento da economia Estadual e nacional.
Os quantitativos de cargas foram informados ontem, pelas direções dos dois portos, revelando características peculiares de cada um. Na comparação entre os dois terminais, dos volumes movimentados, o Porto do Mucuripe mantém-se à "proa", na frente, com 2,71 milhões de toneladas transferidas no período em análise, ou 55% a mais do que as 1,75 milhão de toneladas anotadas no Porto do Pecém.
Para o presidente da CearáPortos, empresa que administra o Porto do Pecém, Erasmo Pitombeira, a diferença de volume entre os dois terminais é natural, tendo em vista as especificidades e características de cargas de cada um. Enquanto o do Mucuripe mantém, há anos, uma carteira cativa de movimentação de derivados de petróleo (gasolina, óleo diesel e asfalto), de cimento, trigo e cargas paletizadas, como trilhos de aço, mas recentemente; o Pecém segue a bombordo, com grande performance nas importações de produtos siderúrgicos (ferro fundido, ferro e aço), combustíveis e óleos minerais e cereais. Nas exportações, o porto de São Gonçalo se destaca na movimentação de frutas, sal, calcário, materiais minerais e cimento clínquer, além de minérios e escórias e gás liquefeito (GNL), para o qual tem um píer específico à movimentação do gás para abastecer termelétrica e parte da indústria cearense.
Tmut
Segundo Pitombeira, o crescimento na movimentação de cargas no Porto do Pecém decorre do trabalho de captação de cargas, numa disputa de mercado mais acirrada, a partir dos últimos dois anos, e cujos contratos começam agora a se concretizar. Para ele, a tendência é de "bons ventos", de negócios crescentes nos próximos anos, tendo em vista a construção do novo terminal de múltiplo uso (Tmut), previsto para está pronto em fevereiro do próximo ano.
"A situação está pegando, estamos com seis navios, em média, à espera, na costa, para atracar", revelou. Conforme disse, de janeiro a agosto deste ano, 338 navios utilizaram o terminal portuário do Pecém, ante 285 no mesmo período de 2009, o que representa um aumento de 19%.
CARLOS EUGÊNIO
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