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MSC

Fluxo de cargas salta 63%

A movimentação de produtos siderúrgicos contribuiu fortemente para o incremento no fluxo de cargas do porto
O fluxo de cargas de longo curso (importações e exportações) e de cabotagem (entre portos brasileiros) voltou a crescer este ano no terminal portuário do Pecém. Nos primeiros sete meses de 2010, o porto movimentou 1,41 milhão de toneladas de cargas gerais, em contêineres e a granel, líquidas e sólidas, volume 63% superior às 871 mil toneladas, registradas em igual período de 2009.
O "peso"maior da movimentação ficou por conta dos produtos siderúrgicos, que anotaram fluxo de 448 mil toneladas, quase um terço (31,5%) de tudo que o porto operou de janeiro a julho últimos, e uma vez e meia (146%), maior do que as 182 mil toneladas verificadas em igual período do ano passado. "Este ano, já operamos quase o dobro do que movimentamos durante todo o ano de 2008", comemora Mário Lima , diretor de Desenvolvimento Comercial da CearáPortos, empresa que administra o Porto do Pecém.
Segundo ele, a movimentação de longo curso cresceu 65%, saltando de 644 mil toneladas, nos primeiros sete meses de 2009, para 1,06 milhão de toneladas transportadas este ano; enquanto a cabotagem contribuiu com 358 mil toneladas, com acréscimo de 58%.
A movimentação de calçados também avançou a "passos largos", saltando de 8.304 toneladas no intervalo de janeiro a julho do ano passado, para 13 mil toneladas em 2010, com incremento de 57,3% na comparação entre os dois períodos em estudo. Nesse item, o Pecém mantém a liderança, com 38% de participação, seguido do porto do Rio grande do sul, com 32%, de movimentação.
"Azedou"
Já a movimentação de frutas "azedou", ou seja, registrou redução de 15% , caindo de 103,2 mil toneladas nos primeiros sete meses de 2009, para 87,7 mil toneladas este ano. "Com a crise financeira, o mercado europeu cresceu apenas 0,6%, e isso repercutiu nos preços o que terminou por afetar a comercialização", explicou Lima Júnior. Conforme disse, 85% das frutas transportadas através do Porto do Pecém, são exportadas para a Europa e os 15%, restantes para os Estados Unidos. "O maior importador (de frutas) com 22% do total é a Bélgica", acrescentou o diretor comercial. Ele ressalta no entanto, que, apesar da retração no volume de frutas exportadas, o terminal do Pecém ainda mantém-se em primeiro lugar entre todos os portos do País, com 86,5 mil toneladas. Desse total, 46% são produzidas no Ceará , 47%, no Rio Grande do Norte , 5% em Pernambuco e 2%, na Bahia. Esse volume não inclui as frutas que são transportadas, a partir do Porto do Mucuripe. Entre as frutas de maior demanda externa estão a banana, o melão, castanha de caju e a manga.
No segmento das importações destacaram-se, além dos produtos siderúrgicos, a movimentação de clínquer e escória, insumos à indústria cimenteira, com 70,8 mil toneladas. Os plásticos também registraram índices altamente positivos, com o transporte de 2.482 toneladas na exportação e 18.180 na importação.

Fonte: Diário do Nordeste (CE)/CARLOS EUGÊNIO






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