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Gargalos - Centronave indica desafios para Santos

 

O porto de Santos entrará em colapso, caso não sejam feitos investimentos na melhoria de sua infraestrutura e também em seus acessos rodoviários e ferroviários, afirma o diretor-executivo do Centronave, Claudio Loureiro de Souza. Seu alerta tem como base diagnóstico realizado pela consultoria internacional DB Mobility Network Logistics, em conjunto com a entidade que dirige. Entre as principais recomendações estão, no curto prazo, licitação de novas áreas alfandegadas, expansão do programa Porto 24 horas e aumento do número de fiscais.

Num horizonte mais distante, é fundamental, aponta o dirigente, a continuidade do programa de dragagens, a entrada em operação dos novos terminais de Santos (BTP e Embraport), a aceleração dos processos de licitação, a licitação de novos terminais e a implantação e expansão de acessos ferroviários, rodoviários e conexão intermodal. Loureiro destaca que os gargalos têm provocado aumento dos cancelamentos das escalas nos últimos anos.

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Entidade fundada em 1907 e que congrega as 27 maiores empresas de navegação no segmento de contêiner, o Centronave tem recomendado, em diferentes fóruns e junto a órgãos governamentais, a adoção de programas e projetos que ampliem os investimentos em infraestrutura portuária, agilizem processos e reduzam a burocracia, como forma de eliminar os gargalos.

O problema dos cancelamentos atinge, em diferentes graus, todas as regiões do país, mas é mais agudo em Santos, com efeito em cascata nos terminais da Região Sul. O volume de contêineres movimentado nos terminais santistas aumentou 216% em uma década, de 554 milhões de toneladas em 2000 para 1,75 bilhão em 2011. No mesmo período, contudo, o aumento no comprimento acostável (cais e berços de atracação) foi de apenas 23%; e das áreas alfandegadas dedicadas, de somente 20%.

Em dez anos, a movimentação de contêineres triplicou, mas os investimentos em novos terminais, ampliação dos existentes e modernização dos equipamentos não acompanhou essa dinâmica. A demanda cresceu nove vezes mais do que a oferta de capacidade. O quadro de congestionamento tem provocado o cancelamento de cerca de 100 escalas anualmente em Santos – o equivalente a aproximadamente 10% do total em 2010 e 2011. Como consequência, os cancelamentos também se multiplicaram em Paranaguá (PR), São Francisco do Sul (SC), Itajaí/Navegantes (SC) e Rio Grande.

Em Rio Grande (RS) – o porto mais afetado pelo estrangulamento em Santos – ocorreram 136 cancelamentos em 2010 (24% do total), contra 93 (11%) no ano anterior. Os números de 2011 ainda não foram totalmente consolidados, mas a perspectiva é de piora, em função do crescimento dos volumes movimentados. A situação se agrava com a entrada de navios de maior porte, uma tendência mundial irreversível, tendo em vista os ganhos de escala proporcionados.

Em 2000, os portos brasileiros recebiam porta-contêineres de 53 mil toneladas brutas (TPB). Hoje essas embarcações chegam a ter 105 mil toneladas de porte bruto. O comprimento médio das embarcações aumentou 30 metros em cinco anos. Mas, como as ampliações nos terminais não acompanharam a evolução (ao menos não na medida necessária), o tempo de espera no berço por navio no Brasil aumentou 75% apenas de 2009 para 2010.

A espera para atracação chega a cinco dias em Santos, mesmo para navios liners, que, por definição, é um serviço que exige regularidade e agilidade.

 



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