O governo do Rio espera ter uma definição, até o fim do ano, para a implementação do projeto portuário conjunto de Petrobras, Gerdau e CSN no município de Itaguaí, na divisa com a capital fluminense. O objetivo é abrir caminho logo para a implantação de uma das bases da estatal para o pré-sal, considerado o projeto mais urgente entre os três, enquanto os planos das siderúrgicas seguem em compasso de espera. Para acabar com o impasse causado pelo descasamento dos cronogramas das
empresas, o governo - que impôs a parceria entre as companhias em torno de um porto só para não ver a região devastada pela implantação de diversos terminais - quer colocar a Companhia Docas do Rio de Janeiro na jogada. A ideia é que um terminal público seja construído em uma área de Docas, contígua aos terrenos das empresas.
Com isso, se evitaria que a Petrobras tivesse de construir sozinha um terminal em sua área, de 10 milhões de metros quadrados. "O projeto da Petrobras é o mais premente, tem mais urgência para começar a ser feito. O segundo é o da Gerdau e, depois, o da CSN. Mas os três são viáveis", diz o superintendente de projetos estruturantes da Secretaria de Desenvolvimento
Econômico, Energia, Indústria e Serviços do Rio, Jorge Cunha.
Se for adiante, a saída encontrada pelo governo, a Petrobras, então, teria de construir apenas uma unidade de tancagem na sua área e utilizaria o novo terminal de líquidos construído por Docas para embarque e desembarque de petróleo. Mas, para isso, precisaria vencer uma licitação, já que o terminal seria público. As empresas e o governo estão analisando a viabilidade da solução proposta e devem se reunir na semana que vem para discutir o assunto.
A Petrobras, que mantém o projeto em sigilo, ainda planeja construir na área uma base para supply boats, também em terreno de Docas, e uma base de helicópteros, cujos estudos de engenharia já foram iniciados, revelou uma fonte. A estatal não divulga o montante que pretende investir para colocar as instalações de pé.
Já o projeto conceitual da Gerdau para a região está em fase de conclusão e prevê duas etapas de implantação, podendo ser desenvolvido em módulos conforme as necessidades da empresa. Ao fim da segunda fase, a siderúrgica poderá exportar anualmente 5 milhões de toneladas de produtos siderúrgicos acabados, 70 milhões de toneladas de minério de ferro e importar 10 milhões de toneladas de carvão, informou a companhia.
Fonte: Agência Leia
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