Além das políticas econômicas que dizem respeito a todo o Brasil, para os economistas, as ações de incentivo e execução do Governo Federal quanto a continuidade ou início de obras fundamentais para o Ceará, como a Refinaria Premium II da Petrobras, a ampliação do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), a Zona de Processamento de Exportação (ZPE), a Transnordestina, a siderúrgica, além da política de desconcentração industrial, serão decisivas para os rumos da economia cearense.
Para o economista Ênio Viana, a conjuntura política pode favorecer o Estado, frente a incentivos do Governo Federal. "Viu-se o governador Cid Gomes muito próximo principalmente no segundo turno. Espera que Ceará receba muitos investimentos, assim como Pernambuco recebeu no Governo Lula. Todas as obras estruturantes se concretizando, terá um salto muito grande para a economia do Estado".
Na mesma linha, o também economista Henrique Marinho, considera a desconcentração da indústria outro aspecto fundamental. "O estado do Ceará cresce mais do que o Brasil. Podemos atrair cada vez mais grandes empresas. A política de desconcentração industrial faz com que espaços menos desenvolvidos possam concorrer em igualdade", explica.
Já para Pedro Jorge Ramos Viana, o Governo Lula deixou a desejar no que diz respeito a investimentos destinados ao desenvolvimento econômico do Ceará. "Não veio 15% do que foi prometido em termos de recursos para o Estado. Então, não tem porque acreditar que o governo Dilma vá mudar essa história", afirma o economista.
A crítica tem fundamento. Projetos como o da Companhia Siderúrgica de Pecém (CSP) são esperados desde o início dos anos 60 - quando Virgílio Távora enxergava na industrialização do Estado o caminho para seu desenvolvimento - e ainda estão em execução. Atualmente, as obras para a implantação do empreendimento estão na fase de terraplanagem do terreno, e a previsão para o início das operações é o segundo semestre de 2013, penúltimo ano de governo da presidente eleita.
O sonho de sediar uma refinaria no Estado também é antigo, e apesar dos avanços obtidos nos últimos anos com relação à planta, que será implantada no Pecém e deve operar a partir de 2017, ela ainda não saiu do papel. No momento, o Governo do Estado finaliza as desapropriações das áreas particulares inseridas no terreno. Enquanto isso, a Petrobras finaliza a sondagem da área para, em seguida, fazer a licitação para contratar a empresa que fará a terraplanagem.
Fonte: Diário do Nordeste (CE)/GUSTAVO NEGREIROS
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