Estudantes farão pesquisas a 250 km da costa
Um grupo de estudantes e pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) esteve no Porto do Rio Grande para embarque no navio Marion Dufresne, de bandeira francesa. Durante 12 dias, eles estarão em alto-mar com o objetivo de estudar uma estrutura geológica chamada Cone do Rio Grande, que fica a 250 km de distância da costa.
De acordo com o coordenador geral do Centro de Excelência em Pesquisa e Inovação em Petróleo, Recursos Naturais e Armazenamento de Carbono da PUCRS, professor João Marcelo Medina Ketzer, a viagem é uma atividade do projeto Conegas, desenvolvido entre a universidade e a Petrobras. Iniciado em maio de 2010, o projeto tem duração de quatro anos, com término previsto para 2013. A primeira viagem foi realizada em fevereiro de 2011, mas em um navio menor. “Este é o único navio no mundo que pode realizar este tipo de pesquisa, com perfuração a 60 metros de profundidade. É a primeira vez que ele está na região”, afirmou Ketzer sobre o Marion Dufresne.
A pesquisa conta com 32 participantes, sendo 14 alunos de graduação e pós-graduação dos cursos de Biologia, Geografia, Engenharia Mecatrônica e Física, um pesquisador da Petrobras e três pesquisadores convidados da Universidade de Tóquio, no Japão, e um do Instituto Oceanográfico de Trieste, na Itália.
Segundo o professor Ketzer, a área Cone de Rio Grande foi escolhida para o estudo da geologia e biologia por ter poucas referências científicas. “É uma área com pouco conhecimento comparada com outras da costa brasileira. Aqui ocorre uma convergência das correntes oceânicas na região, que resulta em uma feição geológica. Vamos analisar qual o impacto na lama do fundo do mar”, destacou. A previsão é de que o grupo retorne ao porto no dia 1º de junho. Os participantes realizaram dois meses de treinamento para integrar o estudo.
O projeto Conegas tem entre os objetivos, verificar a existência de hidratos de gás na costa brasileira. As pesquisas buscam estudar se os hidratos de gás podem ser utilizados como fontes alternativas de energia.
Fonte: Jornal Agora (RS)
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