Cinco dos maiores grupos de infraestrutura do Brasil lançaram, nesta quinta-feira (8), o MOveInfra, movimento que tem como objetivo impulsionar investimentos com segurança jurídica e desenvolvimento socioambiental.
CCR (rodovias, ferrovias e aeroportos), EcoRodovias (rodovias), Rumo (ferrovias), Santos Brasil (terminais portuários e movimentação de contêineres) e Ultracargo (terminais portuários e armazenagem de granéis líquidos) são os grupos idealizadores do movimento, que se propõe a operar de modo totalmente independente das empresas que o conceberam.
A programação de lançamento incluiu uma série de debates com a participação de nomes como o governador eleito de São Paulo e ex-ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas; o presidente do TCU, Bruno Dantas; o ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio; e Miriam Belchior, coordenadora do grupo técnico de Infraestrutura no gabinete de transição do governo Lula, ex-ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão e ex-presidente da Caixa Econômica Federal durante o governo Dilma Rousseff.
Também participaram das discussões os presidentes da Aeroportos do Brasil (ABR), Fábio Rogério Carvalho; da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), Marco Aurélio Barcelos; da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABPT), Jesualdo Silva; e da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários, Fernando Paes.
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Natália Marcassa, ex-secretária-executiva do Ministério de Infraestrutura, é a CEO do MoveInfra. Ela ressaltou, durante o evento, a importância do setor para o desenvolvimento sustentável do país: “Temos o compromisso com o Brasil e com investimentos de longo prazo. Geramos 100 mil empregos diretos e indiretos e é para isso que acordamos todos os dias. As empresas que estão aqui fazem todos os dias investimentos acontecerem e para isso precisamos de um ambiente de negócios adequado”. A presidente do movimento ressaltou a necessidade da discussão envolvendo uma reforma tributária, como fator necessário para a atração de investimentos, além da modernização da legislação trabalhista e da segurança jurídica oferecida pelo novo marco legal para licenciamento ambiental. “Precisamos olhar para a sustentabilidade das nossas cadeias produtivas”.
O MoveInfra nasceu do diagnóstico de que, historicamente, o poder público não conseguiu desenvolver a infraestrutura necessária ao desenvolvimento de um país com dimensões continentais como o Brasil. O movimento foi concebido para ser um facilitador do ambiente de negócios e do relacionamento com investidores de capital privado, além de atuar em defesa da simplificação dos investimentos em infraestrutura.
Durante a coletiva, as empresas que compõe o MoveInfra lançaram uma carta-manifesto reforçando os objetivos do movimento e anunciaram uma projeção de investimentos de R$ 78,4 bilhões nos próximos cinco anos (2023-2027), valor que contempla projetos já contratados, expansão de capacidade e investimentos recorrentes em seus ativos. O montante poderá ainda ser ampliado com a incorporação de novos empreendimentos à carteira das companhias.