Os dados do Índice de Desenvolvimento Ambiental (IDA) relativos a 2023, divulgados no mês passado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), evidenciaram o compromisso ambiental dos Terminais de Uso Privado (TUPs) no Brasil, com destaque para os terminais especializados em contêineres e granéis minerais. A leitura é da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP), que avalia que os TUPs que operam contêineres registraram média de 84,5 pontos, um crescimento de 1,1% em relação ao ano anterior. O Porto Itapoá (SC) obteve a maior pontuação da categoria, com 98,33 pontos, enquanto o Porto Chibatão, em Manaus (AM), apresentou crescimento de 20,45% em sua nota.
Os terminais de granéis minerais alcançaram uma média de 79,45 pontos, com crescimento de 0,9%. O terminal de minério da Ferroport, no norte fluminense, liderou a categoria com 99,79 pontos, seguido pelo terminal de Tubarão (ES), que atingiu 99,25 pontos. No ranking geral, o TMUL/TCAR do Porto do Açu (RJ) ficou em primeiro lugar com 99,88 pontos. Entre os terminais com maior crescimento percentual, o destaque foi o Porto Sudeste, em Itaguaí (RJ), que subiu 15,6%, alcançando a 9ª posição geral.
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A média geral dos TUPs no IDA foi de 57,04 pontos, enquanto os terminais associados à ATP apresentaram uma média superior, de 68,7 pontos, refletindo um desempenho 20,4% acima da média nacional. Segundo Gabriela Costa, diretora executiva da ATP, os resultados demonstram que é possível aliar eficiência operacional e sustentabilidade, servindo de exemplo para o setor.
O IDA, instituído pela Antaq em 2012, é um instrumento que avalia a gestão ambiental em terminais portuários, considerando indicadores como licenciamento ambiental, auditoria, gerenciamento de resíduos, monitoramento da qualidade ambiental e eficiência energética. A agência reforça que o índice facilita o entendimento das práticas ambientais portuárias para o público e tomadores de decisão, além de promover a transparência e o aprimoramento contínuo no setor.