Agência CNI
FLORIANÓPOLIS - As Federações das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), do Rio Grande do Sul (FIERGS) e do Paraná (FIEP) apresentaram na última quinta-feira (11), em Florianópolis, propostas de obras estratégicas para a infraestrutura logística dos três estados para o Plano Nacional de Logística e Transporte (PNLT) do Ministério dos Transportes.
No caso catarinense, o valor dos investimentos demandados pela indústria é de R$ 15 bilhões até 2023 nos modais rodoviário (R$ 5,3 bilhões), marítimo (R$3,3 bilhões), ferroviário (R$ 4,9 bilhões), aéreo (R$ 948 milhões), dutoviário (R$ 537 milhões) e hidroviário (R$ 20 milhões).
Na reunião do PNLT, o presidente em exercício da FIESC, Glauco José Côrte, representando o Fórum Industrial Sul, que reúne as federações de indústrias dos três estados, apresentou levantamento sobre a execução do Plano de Aceleração do Crescimento do governo federal. Os dados mostram que em 2009 foram efetivamente pagos apenas R$ 871 milhões, o que corresponde a 37,8% dos R$ 2,1 bilhões em investimentos programados pelo PAC para os três estados.
Santa Catarina foi o estado com o pior desempenho: apenas 17,2% dos R$ 487 milhões previstos foram executados. No Paraná o total foi de 34,5% e no Rio Grande do Sul de 45,8%. Os recursos não utilizados em 2009 passam a ser classificados como "restos a pagar" e podem ser utilizados em 2010, mas os valores de 2008, quando a execução do PAC no Sul ficou em apenas 57,4%, já incluindo os restos a pagar utilizados em 2010, não poderão mais ser aplicados.
"Ao mesmo tempo em que é louvável a iniciativa de realizar um planejamento de longo prazo como o PNLT para os investimentos em infraestrutura, é lamentável observar que obras com recursos assegurados no orçamento não são executadas no ritmo necessário", disse Côrte. "As federações de indústrias do Sul tem realizado esforços conjuntos, por meio do Fórum Industrial Sul para sensibilizar os parlamentares e o governo para a necessidade de garantir esses investimentos, que são pré-condição para a competitividade empresarial", disse.
O Secretário de Política Nacional de Transportes do Ministério dos Transportes, Marcelo Perrupato, que apresentou o Plano Nacional de Logística e Transporte (PNLT), afirmou que o país não estava preparado para crescer, e muitos projetos demoram a ser executados. "Temos uma crise de gestão. Estamos andando devagar mesmo", disse. (fonte: DCI)
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