Investimento total é estimado em cerca de R$ 20 milhões. Prefeitura já gastou R$ 1,3 milhão na desapropriação do terreno, em Camela
Cada vez mais, a expansão do Complexo Industrial Portuário de Suape exige a disponibilização de novas áreas para instalação de empresas nos municípios do seu entorno. Ipojuca sai na frente ao projetar o Distrito de Camela, um condomínio com 120 hectares às margens da PE-60 que deve começar a funcionar ainda no primeiro semestre de 2011. A prefeitura gastou R$ 1,3 milhão na desapropriação do terreno e está investindo mais R$ 650 mil na elaboração dos projetos de engenharia.
Expansão do complexo exige a disponibilização de novas áreas no entorno. Foto: Prefeitura de Ipojuca/Divulgação
O novo distrito será voltado a pequenas e médias empresas que atuem de forma integrada às cadeias produtivas de metal-mecânica, naval e petroquímica de Suape. "Não vamos restringir, mas o ideal é que elas estejam dentro do contexto de Suape para não corrermos o risco de sofrer um esvaziamento no futuro", afirma o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Ipojuca (AD Ipojuca), Luiz Carlos Matos.
O importante, diz ele, é que a empresa interessada em se instalar no Distrito Industrial de Camela gere empregos e seja ambientalmente responsável. São 120 lotes, sendo 80 para indústrias e unidades de logística, de um a cinco hectares cada, e mais 30 lotes para atividades de apoio (comércio e serviços), com áreas de 0,5 a dois hectares.
No estágio atual do projeto está sendo feito um diagnóstico ambiental para dar entrada no pedido de licenciamento junto à Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (CPRH). A expectativa, segundo Matos, é que as primeiras licitações sejam lançadas na praça em novembro deste ano.
"Já solicitamos apoio da Compesa, Celpe e DER (Departamento de Estradas de Rodagem) para garantir o abastecimento de água, energia elétrica e pavimentação dos acessos rodoviários", conta. O investimento total no projeto é estimado em cerca de R$ 20 milhões, montante que pode ser viabilizado através de recursos públicos, financiamento - já existem conversas em andamento com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - e/ou parcerias público-privadas (PPPs).
Ocupação - Com R$ 9 milhões, a AD Ipojuca calcula que seja possível viabilizar a infraestrutura para 30 lotes, com a perspectiva de que sejam ocupados num prazo de até dois anos. As empresas que se instalarem no novo distrito poderão pleitear incentivos fiscais no pagamento do Imposto sobre Serviços (ISS) e Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) que, dependendo do caso, podem chegar à isenção.
Algumas áreas, inclusive, poderão ser cedidas em regime de comodato dependendo do potencial gerador de empregos. O município capacitou cerca de cinco mil trabalhadores com foco nos empreendimentos de Suape e pouco mais de mil ipojucanos conseguiram uma oportunidade. "Mesmo Ipojuca estando no meio do desenvolvimento de Suape, pois 90% de nossas indústrias estão na área do complexo, nosso desenvolvimento social é mais lento. Precisamos gerar emprego e renda no município", destaca.
Fonte: Diário de Pernambuco/Micheline Batista
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