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Joinville terá um porto seco

Em dezembro de 2014, logo após a divulgação dos dados mais recentes do produto interno bruto (PIB) dos municípios catarinenses _ quando Itajaí assumiu a condição de maior economia do Estado, superando Joinville _, o prefeito Udo Döhler defendeu que o resultado era um reflexo das naturezas econômicas distintas das duas cidades.

Questionado, na época, pela reportagem de "AN" a respeito, Udo disse que os números não significavam que a indústria de uma cresceu mais do que a outra e chegou a dizer que se Joinville tivesse um porto seco (em alusão à atividade portuária, que impacta fortemente na geração de riquezas de Itajaí), a economia local cresceria 17% em um "piscar de olhos". Essa estrutura, agora, já existe.

A Multilog, empresa de Itajaí que presta serviços na área logística, foi licenciada pela Receita Federal para operar como um centro logístico e industrial aduaneiro (Clia) em sua unidade no Perini Business Park, que existe desde 2013.

A estrutura, de 16 mil m², está autorizada a movimentar e armazenar cargas soltas e unitizadas (aquelas mercadorias diferentes em peso, tamanho e formato que são unidas em um volume único), além de realizar outras operações referentes à atividade aduaneira. O Clia também deve ajudar a fortalecer a retroárea do Porto de Itapoá.

Para Jonas Tilp, diretor comercial do Perini, o investimento passa a dar uma condição portuária para a cidade.

_ Isso vai trazer um novo mapa de faturamento para Joinville, permitindo que a economia cresça _ destaca.

Ainda é praticamente impossível calcular o impacto econômico que esse tipo de estrutura trará ao Norte, mas a própria Multilog indica boas expectativas.
Apesar de estar sediada no complexo portuário de Itajaí, o segundo maior em movimentação de contêineres do País, a empresa sempre pensou esse investimento para Joinville.

- Nossa motivação é a perspectiva de negócios da região. Trabalhamos um ano e meio para conseguir a liberação porque acreditamos no potencial dela _ conta Eclésio da Silva, diretor de relações institucionais da empresa.

O Clia da Multilog é o primeiro fora de uma cidade portuária de Santa Catarina e o único do País instalado dentro de um condomínio empresarial. De acordo com Eclésio, a estrutura logística do Perini pesou na decisão da empresa. As condições precárias de rodovias que dão acesso ao Distrito Industrial, como as da Dona Francisca, não geram preocupação à empresa.

_ A Prefeitura de Joinville está trabalhando em melhorias _ diz o executivo.

Saiba como vai funcionar o porto seco em Joinville

Apesar de terem pequenas diferenças, na prática um centro logístico e industrial aduaneiro (Clia), como o que será instalado em Joinville,  funciona como uma evolução de um porto seco, com instalação de área alfandegária.

Neste tipo de estrutura, que serve como uma alternativa para terminais aéreos e portuários, os procedimentos envolvendo importação e exportação costumam ser mais ágeis, o que desperta a atenção de empresas que buscam maior fluidez na circulação de suas mercadorias.

As mercadorias são inspecionadas e liberadas ali mesmo, para depois serem encaminhadas aos portos e tomarem seu destino.

De início, a operação da Multilog envolve de 25 a 30 profissionais e tem capacidade para armazenar até 350 contêineres no pátio.

A empresa, porém, já tem planos de ampliá-la, explica Eclésio. A ideia é chegar a uma área de 50 mil m² nos próximos dois anos. Vai depender, é claro, da reação do mercado.

Fonte: A NOTÍCIA/Pedro Machado


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