Interessada no aumento da visibilidade, a operadora logística JSL iniciou ontem a negociação de American Depositary Receipts (ADRs, recibos de ações de empresas estrangeiras negociadas nos EUA) nível 1, o menor em exigências, em mercado de balcão (OTC, na sigla em inglês). O Deutsche Bank é a instituição depositária no país, responsável pela emissão das respectivas ações, à razão de um ADR para cada dois papéis ordinários.

"O movimento para o nível 1 é uma opção disponível que vem praticamente de graça, com o objetivo de dar mais visibilidade para o papel. Esperamos que contribua para uma precificação mais adequada e maior liquidez", afirmou o diretor administrativo-financeiro e de relação com investidores da JSL, Denys Marc Ferrez.

Para um segundo momento, a companhia planeja uma listagem no OTCQX, plataforma eletrônica de negociação de ativos no mercado de balcão americano. Atualmente, oito empresas têm ADRs nesse ambiente de operações: ALL, Cielo, Hypermarcas, JBS, Klabin, Lupatech, Localiza e MRV.

"O segundo movimento pensado não é a listagem, que fica para um período mais distante, já que traz custos e obrigações. A segunda opção, ainda não submetida ao conselho de administração, é ver como se comportam as ADRs no nível 1 e, na sequência, fazer uma listagem na OTCQX, que tem custo, mas não muito alto", disse Ferrez.

De acordo com o executivo, os investidores estrangeiros respondem hoje por metade dos papéis da JSL em circulação (free float), participação menor que na abertura de capital (72%), em 2010. "O investidor local passou a entender mais rapidamente a companhia e a montar posição", afirmou.

Na bolsa brasileira, os papéis da JSL são listados no segmento Novo Mercado. No acumulado deste ano, as ações ordinárias da companhia acumulam valorização de 13,2%, enquanto o Ibovespa, principal índice da Bovespa, tem queda de 8,84%.

Fonte: Valor Econômico/Beatriz Cutait | De São Paulo

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