A Justiça Federal de São Paulo determinou que três ações penais contra o executivo Carlos Cesar Floriano, ex-diretor do antigo Terminal de Contêineres da Margem Direita (Tecondi), voltem a tramitar. As ações estavam paradas há 10 meses por conta de uma liminar.
Floriano é um dos 18 réus da Operação Porto Seguro, deflagrada pela Polícia Federal em 2012 e que investigou um esquema de corrupção e tráfico de influência no governo.
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As ações foram movidas contra o ex-diretor por seu suposto envolvimento nesse esquema. Mas sua defesa obteve uma liminar para interromper os processos, alegando que, por não ter tido acesso a documentos da investigação, ficou impossibilitada de atuar previamente.
A decisão da continuidade dos processos foi da 1ª Turma do Tribunal Regional Federal, motivada por um pedido da Procuradoria Regional da República da 3ª Região. A procuradora regional da República Geisa Rodrigues ressaltou que a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) não foi baseada em nenhum dos documentos requeridos pela defesa, não prejudicando a resposta às acusações.
Conforme a investigação do MPF, o auditor do Tribunal de Contas da União Cyonil da Cunha de Faria Junior recebeu oferta de R$ 300 mil para que elaborasse um parecer técnico favorável à manutenção de contrato administrativo entre a Tecondi e a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) para arrendamento de áreas portuárias.
A Reportagem procurou representantes de Floriano, que preferiram não se manifestar.
Fonte: A Tribuna online