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Kepler Weber aposta no setor de granéis e na exportação em 2015

Embalada pelo reforço nos investimentos em estocagem pelos produtores de grãos, a brasileira Kepler Weber, fabricante de equipamentos para armazenagem e movimentação de granéis, registrou lucro líquido de R$ 132,7 milhões em 2014 - um recorde, conforme balanço divulgado na sexta-feira. Mas como a baixa nos preços internacionais da soja e do milho e as incertezas econômicas no país trazem dúvidas sobre a demanda em 2015, a companhia já traça planos caso tenha de enfrentar um mercado interno estagnado ou em ligeira retração.

"Vamos continuar apostando no setor de granéis, que está indo muito bem, e também nas exportações", disse ao Valor Olivier Colas, diretor vice-presidente e de relações com investidores da Kepler Weber. Hoje, as vendas externas da empresa se concentram na América do Sul, mas a meta é buscar expansão no leste da África, no Leste Europeu e no Oriente Médio - este último, já parcialmente explorado com negócios no Egito. No ano passado, as exportações da companhia cresceram 44,6%, para R$ 113,4 milhões.

No segmento de granéis, em que atua com equipamentos para infraestrutura portuária e mineração, a Kepler vê grandes chances de "capturar crescimento", diante de uma demanda ainda aquecida. Nessa divisão de negócios, a receita também avançou de maneira expressiva em 2014: 68,3%, para R$ 66,5 milhões.

A Kepler é ainda bastante dependente do mercado doméstico de armazenagem. Nessa frente, suas vendas cresceram 53,5% em 2014, para R$ 697 milhões. Isso corresponde a cerca de 77% do faturamento líquido da companhia, que somou R$ 905,8 milhões no ano passado, 52,3% mais que em 2013. "Foi um ano excepcional", disse Colas. No quarto trimestre de 2014, a receita líquida total avançou 40,1%, para R$ 251,5 milhões, e o lucro líquido, 98%, a R$ 49,6 milhões.

O Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), lançado em 2013 pelo governo federal, teve papel decisivo para os bons resultados da Kepler. O PCA oferece aos produtores uma linha de financiamento com taxa de 4% ao ano para a expansão da infraestrutura de estocagem agrícola do país, e prevê a liberação de R$ 5 bilhões entre 2013 e 2017.

As condições do programa serão revisadas em junho deste ano, e o que ocorrerá ainda é uma incógnita. "O certo é que a queda das commodities, o quadro econômico brasileiro e a volatilidade do dólar criam um quadro que não é propício a investimentos", avaliou. O executivo acha pouco provável o governo deixar o setor imune ao aperto monetário. "Mas R$ 5 bilhões é uma quantia pequena no conjunto de despesas do governo, e que financia investimento, não consumo. Então, eu diria que existe argumento para defender uma manutenção de diferencial para esse setor", afirmou.

Além do impulso do PCA, Colas lembra que a empresa foi beneficiada porque se prepara desde 2011 para um aumento da demanda no Brasil. A Kepler reforçou os aportes para elevar a capacidade e a agilidade de suas fábricas em Panambi (RS) e Campo Grande (MS), com um investimento total de R$ 64,7 milhões em 2014. Para 2015, a companhia espera voltar a um nível de investimento que considera "normal", entre R$ 25 milhões e R$ 30 milhões, mais direcionados à manutenção de máquinas.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) da Kepler alcançou R$ 161 milhões em 2014, alta de 64,4% em relação ao ano anterior. Já no quarto trimestre, esse valor ficou em R$ 23,2 milhões, queda de 13,2% ante o mesmo período de 2013. A margem Ebitda no ano foi de 17,8%, avanço de 1,3 ponto percentual, enquanto no quarto trimestre houve uma queda de 5,7 pontos, para 9,2%.

Fonte: Valor Econômico






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