Em um ano marcado pela crise econômica global, o Grupo Kepler Weber (KEPL3) fechou 2009 com um prejuízo de R$ 3 milhões. Apesar da queda de faturamento de 33% (R$ 250,9 milhões contra R$ 374,5 milhões em 2008), o resultado foi levemente melhor do que no ano anterior, quando o prejuízo somou R$ 3,3 milhões. O EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações), em 2009 foi de R$ 1,3 milhões.
A crise internacional é apontada pela direção do Grupo Kepler Weber como a grande dificuldade do ano passado, pois afetou a demanda pelos produtos da companhia. De acordo com o balanço divulgado hoje (18/03), as receitas de exportação registraram em 2009 uma redução de 56% em comparação com 2008, enquanto o mercado interno teve um decréscimo de 23%. “No caso da Kepler Weber, que vinha de um período de reestruturação recente, a maior preocupação foi preservar o caixa, atravessando a crise sem necessidade de novos recursos financeiros”, destaca o Diretor Presidente, Anastácio Fernandes Filho.
Mesmo com a queda de faturamento, o Grupo Kepler Weber ao longo do ano de 2009 aumentou suas disponibilidades financeiras, que chegaram a R$ 75,9 milhões, contra R$ 62,7 milhões em 2008. “Apesar do movimento menor, conseguimos aumentar a disponibilidade em 21,2%, mesmo tendo realizado um investimento de R$ 11 milhões com recursos próprios”, afirma o Diretor Financeiro, Nolci Santos, que também ressalta a redução de 9,29% da dívida líquida, de R$ 101,7 milhões em 2008 para R$ 92,3 milhões em 2009. Durante a divulgação dos resultados de 2009, o diretor salientou a melhoria do resultado do quarto trimestre do ano, que, no entanto, não superou a baixa performance do primeiro semestre.
O Grupo Kepler Weber conseguiu manter a liderança do mercado brasileiro de armazenagem, com um crescimento de 2 pontos percentuais no market share, alcançando 50% em 2009. A empresa trabalhou no aprimoramento de sua linha de produtos e lançou a linha KW Fazenda, que visa atender os médios e pequenos produtores. Além disso, está concluindo o projeto de especialização das plantas de Campo Grande/MS, que passará a produzir toda a linha de secadores, e de Panambi/RS, que será responsável pela industrialização dos demais produtos da empresa.
Com base na perspectiva de safra de 140 milhões de toneladas de grãos no Brasil e na necessidade adicional de capacidade de armazenagem, a companhia acredita que no ano de 2010 terá um volume de negócios superior ao de 2008. (da Redação)
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