Linha permite financiar 100% do projeto, incluindo infraestrutura civil e elétrica
A Kepler Weber, líder na América Latina em soluções de pós-colheita, disponibilizou o acesso a uma linha para financiar a construção de unidades de beneficiamento e armazenagem de grãos. Desenvolvido nos últimos oito meses, o financiamento terá taxas acessíveis e um prazo recorde de até um mês para captação dos recursos. A aprovação do limite de crédito está sujeita à análise.
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Atualmente, além de financiamentos de bancos privados, com prazos mais curtos para pagar, a principal linha de crédito para o setor vem do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio do Plano Safra. No ano passado, o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) liberou R$ 4,12 bilhões, com juros de 5,5% para pequenos e médios produtores e 7% para grandes players. O prazo de pagamento do BNDES chega a 12 anos.
No caso da linha que será lançada pela Kepler Weber, o prazo total para pagamento pode chegar a 10 anos, com carência de 18 meses.
"Esta iniciativa da Kepler Weber surge como alternativa para facilitar o acesso dos produtores rurais a recursos, de forma desburocratizada, para ampliar a capacidade de armazenagem do Brasil", argumenta Paulo Polezi, CFO da Kepler Weber.
A companhia informou que já há clientes em fase final de aprovação de crédito e que a linha permite financiar 100% dos projetos, incluindo infraestrutura civil e elétrica.
"Importante destacar que este financiamento é flexível e a quantia disponível para financiar unidades de beneficiamento e armazenagem pode acompanhar a demanda, com novas séries sendo lançadas de acordo com a necessidade", ressalta Polezi. "Isso faz muita diferença para o segmento porque permite ter recursos disponíveis o ano todo".
O Brasil tem um déficit de armazenagem estimado em 97 milhões de toneladas nesta safra, sendo que apenas 14% da capacidade instalada está dentro das fazendas. Segundo a Kepler Weber, o cenário de commodities valorizadas no mercado internacional tem permitido aos produtores investirem nesta infraestrutura de pós-colheita.
"Quando falamos em mais armazenagem estamos defendendo maior poder de negociação para o produtor, que pode vender sua produção no momento que considerar mais oportuno, fugindo do preço de balcão e altos custos logísticos no auge da safra", afirma Piero Abbondi, CEO da Kepler Weber.