A Klabin, que há cerca de duas semanas iniciou a operação da primeira máquina de papel do projeto Puma II, inaugura nesta quarta-feira um novo terminal de contêineres para escoar a nova produção. O terminal caminha para se tornar a maior operação de contêineres não refrigerados do país, e a terceira maior no geral, com capacidade para 5 mil contêineres de 40 pés por mês, com a entrada em operação da segunda máquina do projeto de expansão da companhia.
Construído em Ortigueira (PR), em anexo ao projeto Puma II, recebeu investimento de R$ 300 milhões, entre equipamentos de movimentação, ativos ferroviários e obras civis. “O terminal é parte de uma grande solução logística para suportar a expansão da Klabin no Paraná”, explica o diretor de Planejamento Operacional, Logística, Suprimentos e Tecnologia da Informação da companhia, Sandro Ávila.
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A Klabin está investindo R$ 12,9 bilhões em Puma II e já contava com volume considerável de celulose e papel para escoar a partir do Paraná - Monte Alegre, Puma I e agora Puma II -, a clientes no Brasil e em mais de 80 países. Com a expansão, serão 3,5 milhões de toneladas de produtos a serem movimentados por ano, dos quais 2,2 milhões para exportação.
A melhor alternativa, conta Ávila, foi centralizar toda a carga que pode ser embarcada por contêiner em um grande terminal, com 120 mil metros quadrados de área, e transportá-la para Paranaguá por meio de ferrovia. Ao mesmo tempo, foi possível expandir o transporte ferroviário até o porto, onde a empresa tem hoje a concessão de dois terminais, substituindo o uso de rodovias para as cargas de papel para exportação originadas em Monte Alegre.
O projeto foi desenvolvido em parceria com a Brado Logística, subsidiária da Rumo que fará o transporte ferroviário da carga, e com o TCP (Terminal de Contêineres de Paranaguá), que vai operar o novo terminal. Ao todo, para atender à nova logística no Paraná, a Klabin investiu em 11 locomotivas e 766 vagões, entre plataforma para contêiner e carga geral.
Segundo Ávila, o fato de a Klabin ter contratos anuais para transporte via contêiner, evitar a exposição ao mercado spot e operar de forma híbrida - a companhia pode juntar cargas de papel à celulose no transporte a granel - reduziu os impactos da crise logística global. “O fato de operarmos de maneira híbrida permite descomprimir a operação em contêiner em um momento difícil, mas há desafios”, diz o executivo.
Fonte: Valor