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Labomar diz que não vai custear estudo de impacto ambiental

O custo médio do diagnóstico de impacto ambiental foi estimado pela direção do Instituto de Ciências do Mar (Labomar) em R$ 364 mil, com duração entre um e dois anos

O estudo científico dos impactos ambientais causados pelo vazamento de óleo do navio mercante búlgaro Seawindo não será produzido “da noite para o dia”. A advertência foi dada ontem por Luís Parente Maia, diretor do Instituto de Ciências do Mar (Labomar), da Universidade Federal do Ceará (UFC), que tirou a instituição da reta. “A UFC não está disposta a pagar”, afirmou.

De acordo com ele, nesses casos, quem deve arcar com as despesas do estudo é a empresa responsável pelo Seawind. Com custo estimado em mais de R$ 364 mil, o diagnóstico sobre as consequências da substância derramada pela embarcação leva pelo menos um ano para ficar pronto.

Apenas nos primeiros seis meses, serão necessários R$ 243 mil para a realização da etapa inicial de estudo, que constitui a coleta de 45 amostras de água, solo e abiota. No segundo momento, as amostras deverão ser colhidas de dois em dois meses. O processo pode se alongar por até dois anos.

Segundo Parente, a planilha completa dos custos teria sido entregue ontem pela vice-diretora do Labomar, Maria Ozilea Bezerra, ao grupo de risco que cuida do caso. O POVO procurou Maria Ozilea, mas as ligações não foram atendidas.

Próximos passos

Naufragado há 11 dias na praia do Mucuripe, em Fortaleza, o navio deverá ser removido por uma empresa contratada em caráter “emergencial” pela Companhia Docas do Ceará (CDC), confirmou em nota a instituição, sem especificar a data da remoção.

Enquanto isso, Adalberto Alencar, titular da Secretaria do Meio Ambiente e Controle Urbano de Fortaleza (Semam), garantiu que até a próxima quinta-feira, 19, a Prefeitura terá concluído um diagnóstico de impactos ambientais e econômicos aos 3.500 pescadores do litoral fortalezense.

Na quinta ou sexta-feira da próxima semana, o secretário se reunirá em audiência com uma comissão dos representantes da Colônia de Pescadores Profissionais e Artesanais V-8, além da Capitania dos Portos do Ceará (CPCE) e da Companhia Docas do Ceará (CDC).

ENTENDA A NOTÍCIA

O vazamento de óleo do navio mercante búlgaro Seawind chegou na última sexta-feira, 6, ao município de São Gonçalo do Amarante, a 60 quilômetros da capital cearense. Com isso, pescadores de Fortaleza informam que os peixes recuaram cerca de nove quilômetros da costa.

Saiba mais

O titular da Semam, Adalberto Alencar, afirmou que, além da empresa responsável pelo Seawind, “alguém tem de se corresponsabilizar”, referindo-se tanto à Capitania dos Portos do Ceará (CPCE), quanto à Companhia Docas do Ceará.

Em nota, nem a Capitania dos Portos nem a Companhia Docas se pronunciaram sobre isso. Informaram somente que “não há mais vazamento de óleo proveniente do Navio Mercante Seawind desde terça-feira passada, 3”.

A Semam confirmou que entrará com ação judicial contra a empresa responsável pelo Seawind. Para o titular da Semam, a Prefeitura não pode permitir a permanência do quarto navio submerso no litoral fortalezense: “Não podemos transformar o nosso litoral em um cemitério de navios”.

Fonte: O Povo






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