O deputado eleito Alexandre Lindenmeyer, do Partido dos Trabalhadores (PT), está preocupado com a transferência do patrimônio da unidade rio-grandina da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa) para a Superintendência do Porto do Rio Grande (SUPRG). No último dia 22, Lindenmeyer esteve em Porto Alegre, onde conversou de forma prolongada com o diretor técnico comercial da Cesa, Luis Carlos de Oliveira, sobre o assunto.
Oliveira argumenta que após conversa com o chefe da Casa Civil, Bercílio Luiz Silva, constatou que apesar de participar diretamente da negociação, Silva desconhecia, por exemplo, o número de funcionários e a quantidade de toneladas movimentadas no Porto do Rio Grande. “Disseram que a Cesa contava somente com dois funcionários e que estocava apenas 1.800 toneladas em Rio Grande. Na realidade são 12 funcionários e cerca de 18 mil toneladas estocadas”, relatou.
Luis Carlos de Oliveira ainda ressaltou a importância da companhia para os chamados pequenos produtores e a sua capacidade de estocagem no município do Rio Grande, que ultrapassa as 50 mil toneladas. Segundo Lindenmeyer, além de oportunizar o escoamento da produção dos pequenos engenhos, em especial os produtores de arroz, sem o intermédio da iniciativa privada, a Companhia Estadual de Silos e Armazéns garante aos mesmos o acesso ao escoamento de safra a preços mais acessíveis.
“Confesso que me sinto incomodado, pois analisei as justificativas e não me pareceram plausíveis para essa transferência”, completou. Alexandre Lindenmeyer aproveitou a ida à capital e visitou a Assembleia Legislativa do Estado, ocasião em que solicitou à deputada estadual do PT e futura Secretária de Administração do governo Tarso Genro, Stela Farias, uma análise em relação a essa negociação.
“Julgo, no mínimo, estranho que um governo ao qual não lhe foi garantido a continuidade nas urnas tome uma decisão como essa ‘no apagar das luzes’ de uma administração”, finalizou Lindenmeyer.
Fnte: Jornal Agora (RS)
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