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LLX quer ampliar capacidade de estocagem e transporte no Porto do Açu

RIO - Mesmo sem ter fechado qual será o modelo de negócio voltado para o setor petrolífero a ser adotado no Porto do Açu, a LLX planeja ampliar a capacidade de estocagem e transporte de petróleo, o que depende de uma nova licença ambiental. Além disso, a companhia conversa com fornecedores do setor de petróleo para a instalação dessas empresas no local.

De acordo com o presidente da LLX, Otávio Lazcano, já foram assinados memorandos de entendimentos com diversas empresas, entre elas a Shell, British Gas e tradings de petróleo. O objetivo é começar o transbordo de óleo cru até 2012, para posteriormente realizar a estocagem em tanques e então o processamento do petróleo.

A empresa está agora tentando converter os memorandos em contratos de longo prazo. "Eu diria que estamos muito empolgados em termos do que podemos propor de negócios para o setor petrolífero", disse Lazcano, em teleconferência sobre o plano de negócios da companhia.

"Começaremos com o transbordo de óleo cru e depois com a estocagem. Com o tempo, esperamos que as empresas petrolíferas comecem a misturar e processar o petróleo, a agregar valor ao produto antes de escoar pelos petroleiros e exportá-lo aos seus clientes".

Ele explicou que a empresa não tem um modelo definido de negócios para todos os produtores de petróleo com quem já conversou. Ainda em negociação, o presidente da companhia explicou que a LLX poderá investir na estocagem e em tanques de petróleo cru para as empresas.

Ele disse que poderá ser cobrada uma tarifa para que as empresas se beneficiem da área abrigada atrás do quebra-mar. "Não temos um modelo de negócio fixo para todos eles. Temos soluções diferentes para os problemas dessas empresas", disse.

A licença atual do porto é para 1,2 milhão de barris de petróleo cru por dia. No entanto, o projeto foi desenhado para 2 milhões de barris diários. "Estamos pedindo a liberação ambiental para aumentar a nossa capacidade", afirmou o presidente. De qualquer forma, ele disse que, com a licença atual, a empresa já pode começar a construir a estrutura para operar a partir de 2012.

Lazcano afirmou também que a LLX tem recebido grande demanda por parte de empresas que trabalham com os produtores de petróleo que querem construir instalações alí, além de empresas interessadas em escoar carvão, cargas em geral, aço, contêiner e produtos agrícolas.

"O terminal Sul, apenas o canal onshore, sozinho, será o terceiro maior porto do Brasil, depois de Santos e Paranaguá. Tem formato de L, com cinco quilômetros de comprimento e 200 metros de largura. Com o projeto todo implementado, será o quarto maior porto do mundo", disse.

(Fonte: Valor Econômico/Juliana Ennes)

 


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