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Logística é empecilho para o setor produtivo

A Confederação Nacional da Indústrias (CNI) e mais 9 Federações da Indústrias que compõem a Amazônia Legal realizaram um estudo sobre os problemas logísticos e soluções para suprimento do maior gargalo da economia das regiões centro e norte do país. As análises apontam que um investimento de R$ 14 bilhões na construção de 9 eixos de integração poderiam reduzir os custos de 14 cadeias produtivas, 50 produtos e 98% da produção em toda região. Os dados foram apresentados na última sexta-feira (19) durante II Fórum Estadual sobre Infraestrutura de Transportes.

Como maior produtor de soja, algodão e grande expansão territorial, Mato Grosso se torna um dos principais corredores carentes de investimentos. Entre os 9 eixos identificados como solução, 5 deles teriam intervenções dentro do Estado, como a conclusão da BR-163, a duplicação e melhoria da BR-364, a expansão da hidrovia Paraná-Paraguai, a construção da BR-242 (entre Sorriso e Peixe, no Tocantins), e a hidrovia Juruena-Tapajós.

Os demais pontos colocados como essenciais são a conclusão da rodovia Belém-Brasília, a melhoria das ferrovias da América Latina Logística (ALL) na malha norte e da Ferrovia Carajás e a hidrovia do rio Madeira. Em Mato Grosso um outro estudo foi realizado e apresentado especificamente sobre as necessidades e alternativas para o escoamento da produção. A elaboração foi feita pela Comitê Pró-Logística liderado por entidades das cadeias produtivas com base em análises técnicas, entrevistas e avaliações econômicas.

Neste estudo, chamado de Agenda Mínima de Mato Grosso, foi apontada a evolução no valor do frete no Estado entre os anos de 2003 e 2010, quando o essa despesa saltou de US$ 187 por tonelada para US$ 364, um acréscimo de 94%. Comparando ao custo do Paraná, outro grande produtor de grãos, o frete mato-grossense é 175% mais caro, visto que para o escoamento de uma tonelada, o produtor paranaense desembolsa US$ 132. Com esta diferença, o produtor do Centro-Oeste termina por ter um lucro muito menor do que o do produtor da região Sul. Na safra 2008/2009, por exemplo, o mato-grossense lucrou apenas 7%, ante 58% acumulado pelo paranaense. Para 2009/2010 a previsão é que o produtor de Mato Grosso amargue prejuízo de 3%, enquanto no Paraná haverá lucro de 52%.

O presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Jandir Milan, diz que o próximo passo é a compilação dos estudos realizados pela empresa MacroLogística sobre todos os modais e alternativas na Amazônia Legal com os estudos desenvolvidos no Estado. "Vamos unir as informações, apurar e iniciar um processo de articulação política". Entre as propostas feitas pelo comitê estão as Parcerias-Público-Privadas (PPP) como forma de acelerar o processo de reestruturação.

O diretor da MacroLogística, Olivier Girard, explica que o estudo levantou todas as possibilidades, descartando as que iriam requerer muitos investimentos e que o retorno fosse abaixo do esperado. "Dos 42 eixos que surgiram durante a pesquisa, 13 não geravam economia e 7 já existem. Do que restou, 9 se mostraram viáveis e suficientes para os próximos 20 ou 30 anos".

Fonte:A Gazeta/Só Notícias






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