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Lucro líquido da Kepler Weber cresceu 72,7% no 3º trimestre

PORTO ALEGRE  -  A redução de cerca de 30% dos preços das principais commodities agrícolas como soja e milho neste ano sinalizam um crescimento “mais lento” do mercado brasileiro de armazenagem de grãos em 2015 do que nos últimos 24 meses, informou hoje a Kepler Weber no relatório do desempenho do terceiro trimestre. Segundo o vice-presidente da empresa, Olivier Colas, depois das altas na faixa de 40% a 50% nos últimos dois anos, a demanda tende a se estabilizar ou sofrer uma “pequena redução” no próximo exercício.

A queda poderá ocorrer, conforme o executivo, por conta do recente anúncio do Ministério da Agricultura de que o Programa para Construção de Ampliação de Armazéns (PCA) se estenderá para o setor sucroalcooleiro. Como não houve indicação de aumento da linha de financiamento, o aporte anual de R$ 5 bilhões do programa passará a ser disputado por segmentos nos quais a empresa não atua, completou.

Conforme Colas, a queda dos preços das commodities já “travou” um pouco o mercado no quarto trimestre e as cotações de preços estão levando mais tempo para se transformar em pedidos efetivos. “A dinâmica é menor, com tomadas de decisões mais lentas”, comentou. Mesmo assim, o executivo afirmou que 2014 será um ano “excepcional” para a Kepler “em todos os aspectos”.

No terceiro trimestre, o forte crescimento das vendas e a expansão mais moderada das despesas operacionais compensaram a retração de 4,7 pontos percentuais na margem bruta ante igual período do ano passado, para 26,9%, e permitiram uma alta de 72,7% no lucro líquido na mesma base de comparação, para R$ 34,2 milhões.

Segundo Colas, a queda na margem bruta foi provocada pela maior concentração de entregas para clientes estratégicos de grande porte, com os quais a empresa pratica preços unitários mais “competitivos”. Mesmo assim, o lucro antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) avançou 63,3%, para R$ 58,4 milhões, com ganho de 1,5 ponto percentual na margem Ebitda, para 22,9%.

O resultado financeiro líquido passou de R$ 562 mil positivos para R$ 6,3 milhões negativos no trimestre por conta do impacto da variação cambial sobre operações de “hedge”, explicou o executivo. De acordo com ele, porém, essas perdas serão compensadas no faturamento dos produtos mais à frente.

A receita líquida da Kepler cresceu 52,4% no terceiro trimestre, para R$ 254,3 milhões. O segmento de armazenagem, beneficiado pelo PCA, avançou 62,4%, para R$ 209,7 milhões, enquanto as exportações evoluíram 33%, para R$ 23,6 milhões. As linhas de movimentação de granéis sólidos e de peças e serviços apresentaram altas de 0,9% e 18,8%, respectivamente. Já despesas operacionais avançaram 30,6%, para R$ 23,8 milhões.

Conforme a Kepler, os investimentos realizados nos nove primeiros meses do ano totalizaram R$ 37,7 milhões, ante R$ 20,4 milhões no mesmo período de 2013, focados na modernização das plantas industriais, no desenvolvimento de novos produtos e equipamentos e sistemas de informática. Para o acumulado de 2014 a empresa prevê aportes totais de R$ 65 milhões, ante R$ 28,1 milhões no ano passado.

Os investimentos deste ano permitiram à companhia dobrar a produção, medida pela transformação de aço em silos e equipamentos, para o nível atual de 8 mil toneladas por mês. Agora, a partir de 2015, os desembolsos serão direcionados à manutenção das plantas, além de melhorias nos sistemas de informática, e devem retornar aos patamares anteriores. No acumulado de 2011 a 2013, a Kepler havia investido um total de R$ 90 milhões.

Fonte:Valor Econômico/Sérgio Ruck Bueno






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